Dia do Jornalista: profissionais do Periscópio relembram momentos marcantes
No dia 7 de abril, comemora-se, no Brasil, o Dia do Jornalista. O profissional bacharel em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, apura, informa e ajuda a analisar fatos. O dia do jornalista foi criado no dia 7 de abril de 1931, pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI). A data foi estabelecida por alguns motivos.
Um deles é que, no dia 7 de abril de 1908, foi criada a própria ABI. Idealizada pelo jornalista Gustavo Lacerda, a associação situa-se no Rio de Janeiro e é um centro de ação que tem como objetivo assegurar os direitos à classe jornalística.
Mas principal motivo da criação do Dia do Jornalista está intimamente ligado a um episódio da História do Brasil. A data foi designada em homenagem ao jornalista e médico Giovanni Battista Líbero Badaró, morto no dia 22 de novembro de 1830.
O profissional participou de diversas lutas a favor da independência do Brasil. Além disso, Badaró era proprietário do jornal Observador Constitucional e um dos principais motivadores da liberdade de imprensa.
Líbero Badaró teve uma morte misteriosa, mas, segundo a história, inimigos políticos atentaram contra a sua vida. O falecimento dele causou descontentamento à população e culminou na abdicação do trono de Dom Pedro I justamente no dia 7 de abril de 1831.
Depoimentos
Para celebrar a data, os jornalistas da redação do Periscópio relembraram alguns momentos marcantes de suas carreiras no jornal. Confira abaixo os depoimentos dos repórteres Daniel Nápoli e Nayara Palmieri, do editor de Esportes Moura Nápoli e do editor-chefe André Roedel:
NAYARA PALMIERI: Uma das coisas que mais gosto em ser jornalista é ouvir histórias de vida e poder passar isso para o público. Mesmo estando no início de carreira já ouvi boas histórias, porém toda vez que me perguntam a que mais gostei até hoje, sempre me vem à mente a matéria que fiz com refugiados venezuelanos que vieram para Itu em busca de uma vida melhor. Essa matéria foi uma das primeiras que fiz para o JP, e ouvir as dificuldades que aquelas pessoas passaram e ver a esperança de tempos melhores nos olhos dos entrevistados fez a chama do jornalismo arder mais forte em mim. Até hoje ainda vejo alguns dos entrevistados, muitos conseguiram trazer seus familiares e estão com trabalho fixo. Fico feliz em ver o crescimento dessas pessoas.
MOURA NÁPOLI: Após quase 40 anos de Periscópio, é muito difícil citar apenas uma matéria como a melhor, ou mais importante. Então destaco aquela que possivelmente possa ser a mais curiosa: foi em 10 de fevereiro de 1982, quando um avião bimotor caiu na porta da minha casa, no bairro São Luiz. Nem é preciso falar do susto. O fato foi tão inusitado que até o dono do jornal se deslocou lá para conferir de perto. Da minha parte, passado o susto inicial ajudei, com os vizinhos, a socorrer o piloto. Depois, foi só pegar a máquina fotográfica e buscar os melhores ângulos.
DANIEL NÁPOLI: Em quase dez anos de carreira, um dos meus momentos mais marcantes foi poder participar da cobertura da vinda do então presidente da República, Michel Temer (MDB), para a cidade de Itu, no dia 15 de novembro de 2017. Naquela data, a cidade se tornou, de maneira “simbólica”, a capital federal. Independente de ideologias, foi uma oportunidade de acompanhar profissionalmente um momento histórico para o município.
ANDRÉ ROEDEL: Coleciono muitos momentos marcantes desde que entrei no JP em 2015. Cobri grandes eventos, eleições, protestos… Até mesmo a passagem da tocha olímpica, em 2016. Mas a reportagem que mais me marcou foi uma que fiz com um homem chamado Odair da Rocha Coutinho, que ficou paraplégico após ser baleado por um policial militar durante uma abordagem no bairro Cidade Nova. A matéria saiu em dezembro de 2015. Na oportunidade, conversei com ele, que explicou os motivos que o levaram a ter um surto e todo o transtorno ocorrido. Essa reportagem me marcou por conta da repercussão que teve. Pude ver aquela matéria ser discutida principalmente nas redes sociais. Foi marcante.