Segunda mais votada, Célia Rocha fala sobre sua trajetória na educação
Candidata a vereadora pela primeira vez nas eleições deste ano, Célia Rocha (PL) foi eleita com 1.468 votos – a segunda mais votada. Embora tenha sido sua primeira candidatura, ela possui uma vasta experiência na área política. Professora há 43 anos, foi por três mandatos secretária municipal da Educação e, na atual gestão, é diretora da pasta. Ao JP, a paulistana de nascimento e ituana de coração comenta sobre sua trajetória, campanha e expectativa para 2021.
“Sou casada, tenho dois filhos, Renata e o Pedro, que são casados também. Meu marido se chama Nilton Rocha, conhecido na cidade como Black, é comerciante. Somos casados há 33 anos, tenho uma história familiar muito boa, meu pai (Antonio Pires de Camargo) sempre investiu na área educacional, teve esse foco que os filhos estudassem, tivessem uma formação. Ele foi um grande incentivador”, apresenta-se.
Foi com todo esse incentivo que Célia ingressou na área educacional, já em Itu, cidade que se mudou com sua família aos 14 anos de idade. “Com 17 anos eu já estava fazendo o magistério. Na minha carreira comecei como professora, depois fui diretora de escola, secretária municipal de Educação em três mandatos e secretária de gestão e planejamento, o que me deu uma abertura mais ampla para a cidade, conheci toda a zona rural e também fui olhando essa parte da água, o que precisava ser feito”, relata.
“Em um determinado momento saí da Prefeitura e fui prestar concurso no SESI o que me fez crescer muito profissionalmente também. Fiquei 22 anos, fui diretora, e, além disso, proporcionou a mim e a toda a escola um prêmio muito importante em 2011: o Prêmio de melhor SESI do Brasil”, relembra.
A professora também falou à reportagem como é a pessoa Célia. “Sou uma pessoa muito aberta a ouvir, a acolher a prestar atenção no ser humano. Para mim não existem problemas pequenos ou grandes. Não foi uma conversa de campanha, é uma conversa de vida. Não vejo dificuldades nisso, faz parte do meu caráter, gosto de ver as coisas avançando para todos”.
Questionada sobre o que a fez se candidatar, Célia explica. “O que me fez acreditar na política foi esse trabalho e o convite pelo PL do prefeito Guilherme Gazzola de acreditar, confirmar, implantamos escolas em tempo integral, melhoramos as creches, contratamos funcionários que precisavam para melhorar a qualidade de atendimento”.
Sobre a campanha, a professora acreditou mais na vitória logo em seu início. “Quando eu lancei a pré-candidatura, eu me surpreendi. Tantas pessoas começaram a falar em coragem e determinação que meu slogan foi esse. Comecei a acreditar mais e quando começou a campanha, fiz um planejamento do que queria passar para a população e resolvi fazer uma campanha de conversar com as pessoas, de quem eu era e o que estava propondo”, explica. “É um sentimento que houve um reconhecimento do trabalho, uma credibilidade muito grande em cima desse meu perfil e desse meu trabalho”.
Além da professora, Maria do Carmo Piunti (PSC) e Patrícia da Aspa (PSD) foram eleitas vereadoras. Com isso, de uma na atual legislatura, a Câmara contará com três mulheres a partir de 2021. Célia comenta. “Faz 20 anos que a Câmara não tem três mulheres, um fato histórico até, mas eu acredito que já é um grande passo aumentar de uma para três. Ter três mulheres tem uma representatividade expressiva, estamos ali para somar e eu acho que as mulheres estarão bem representadas. A tendência é aumentar”, acrescenta Célia.
Sobre os outros vereadores eleitos, Célia fala sobre a interação e diz que é aberta ao diálogo. “Não sou de fazer joguinho, não mando recados, o que tiver que falar eu falo, o que tiver que resolver eu resolvo. Sou uma pessoa extremamente firme em minhas convicções e acredito que vai dar tudo certo. Tem hora que vamos somar e vai ter hora que vai dividir e isso faz parte da Câmara, mas isso vou esperar para chegar lá pra ver”, analisa.
Célia, evidentemente, quer focar na área educacional. Entre as propostas, está a continuidade da Escola em tempo integral. Além disso, Célia comenta que irá propor a ampliação do serviço social, “principalmente com a pandemia e ampliar também os NAPEs, pois muitas mães precisando desse atendimento psicológico, desse olhar importante que não é uma coisa que se faz em um atendimento, tem que ser planejado para que possam recuperar a autoestima a vontade de voltar ao trabalho”.
A vereadora eleita conclui. “Sempre tem que melhorar, nunca penso que está pronto, sempre temos que melhorar. É importante ouvir o Executivo, o Legislativo estará em parceria, fazer esse acompanhamento”.