Santa Casa: Sinsaúde afirma ter garantido salários e as verbas rescisórias para funcionários
O Sindicato dos Profissionais da Área da Saúde (Sinsaúde) afirmou ontem (27) que garantiu na Justiça que os trabalhadores da Santa Casa de Itu recebam salários e verbas rescisórias devidas após a saída do Instituto Nacional de Ciências da Saúde (INCS) da gestão do hospital ituano.
Segundo comunicado, uma decisão urgente da Justiça do Trabalho foi imposta ao INCS, bloqueando seus bens no valor de R$ 3,5 milhões para prover o pagamento dos salários e verbas rescisórias dos cerca de 390 trabalhadores demitidos pela empresa. Uma audiência de conciliação junto com o Ministério Público do Trabalho (MPT) foi marcada para esta ontem, às 14h.
“O Sindicato agiu depressa para não haver prejuízo aos trabalhadores. O Sinsaúde está vigilante e atento para que os trabalhadores não sofram prejuízos e muito menos a população que não pode ficar desassistida”, comenta o diretor sindical Waldir de Marchi, presidente Subsede do Sinsaúde em Itu.
Segundo o sindicato, o INCS demitiu todos os trabalhadores da Santa Casa de Itu sem pagar os salários de março nem a multa de 40% e as verbas rescisórias e alegou que a Prefeitura não repassou o dinheiro para cobrir as despesas. Por isso, o Sinsaúde entrou na Justiça com um pedido de tutela antecipada para garantir o pagamento e a entrega dos documentos para dar entrada no fundo de garantia e seguro desemprego, que o INCS estava retendo. A empresa se comprometeu a entregá-los o mais rápido possível.
Inicialmente, o sindicato pediu um bloqueio de bens no valor de R$ 9,5 milhões, mas a juíza determinou, por enquanto, o valor de R$ 3,5 milhões, o que garantiria a quitação da dívida, segundo cálculos do judiciário. Uma nova empresa, a Irmandade de Santa Casa de São Bernardo do Campo/SP, assumiu a administração da Santa Casa de Itu e recontratou os trabalhadores demitidos.
O Sinsaúde informou ainda que conseguiu em reunião, na semana passada, o compromisso da nova administradora em respeitar o valor dos salários e direitos previstos na convenção trabalhista. Também conforme o sindicato, não houve interrupção do atendimento à população “devido à dedicação dos trabalhadores, cientes do seu compromisso de manter o combate à pandemia que aflige a cidade e o Brasil”.
“O Sinsaúde está atento para garantir os direitos dos trabalhadores da Saúde, mas também está preocupado com o atendimento à população. É preciso que o trabalhador seja valorizado para a população seja atendida da forma que merece. Investir no trabalhador da saúde é investir na saúde de todos”, afirma a presidente do Sinsaúde, Sofia Rodrigues do Nascimento.