Espaço Acadil: Carro elétrico no Brasil?
Guilherme Del Campo
Cadeira nº 11 I Patrono Mario de Andrade
Procura-se difundir o veículo do futuro, sobre os benefícios do carro e de outros veículos movidos à eletricidade. Posso estar enganado mas parece-me uma utopia, uma quimera fantasiosa, principalmente nos dias atuais, ao registrarmos baixa produção de energia devido ao baixo nível dos reservatórios, obrigando o governo a acionar usinas termelétricas, além de comprar energia dos países vizinhos.
A providência imediata foi aumentar o custo das tarifas (vermelha), sem falar no perigo de um blecaute energético.Incentivou-se a propaganda institucional para economizar energia e não está descartada a volta do famigerado horário de verão, sendo provável até um racionamento.
Isso gera um custo alto e esses veículos estão fora da realidade da renda dos brasileiros. Já existem motos, bicicletas, patinetes e skates elétricos.O problema é o alto custo das baterias, já imaginou uma pane ou curto-circuito no sistema das baterias? Quanto custaria ao serem substituídas? Atualmente o valor de um veículo elétrico é demasiadamente alto, o mais barato por volta de US$ 50,000= só para ricos. Quanto ficaria o seguro e o IPVA anual?
Ora, se há escassez energética, como alimentar uma frota de ônibus, caminhões, veículos de passeio, táxis e aplicativos? Torna-se uma utopia. Imaginemos que todos os fogões à gás poderiam ser substituídos por fogões elétricos. Teríamos energia para isso?
Há muita gente fazendo conversão dos motores dos carros para o gás natural (GNV). O custo é alto e o problema é que não se encontra o gás natural em muitas estradas do país e em pequenas cidades. Esse investimento só faz sentido se a pessoa rodar no mínimo 100 km por dia.
O que falta é planejamento. Não se fizeram os investimentos necessários, a ampliação das hidroelétricas, dos parques eólicos e das placas fotovoltaicas captando a energia solar para gerar energia.
As consequências e os prejuízos de um apagão seriam desastrosos. Quanta comida será jogada no lixo? O custo disso vai penalizar ainda mais a população de baixa renda, dos desempregados e das pessoas que tentam sobreviver abaixo do nível de pobreza.
O Brasil reajusta os preços da gasolina, do diesel, do etanol e até do gás de cozinha (GLP) a níveis insuportáveis e numa velocidade espantosa. Outros países, apesar da elevação do preço do petróleo internacional, oferecem combustíveis a preços razoáveis e de qualidade.Quando os combustíveis sobem há enorme pressão inflacionária e isso reflete na cadeia alimentar, no frete, no preço dos alimentos, aumenta a carestia e as necessidades do povo brasileiro que registra mais de 14 milhões de desempregados.
Onde está o problema? Seria a elevada taxação dos impostos sobre os combustíveis? Ou a enorme cadeia de intermediários? Ou muita gente ganha fortunas com isso?
Precisamos ajustar isso!