Cresce a expectativa de vendas para a Páscoa
A Páscoa está chegando e, como sempre, o comércio ganha movimentação não apenas com as vendas de ovos de Páscoa como uma série de outros produtos relacionados, como colombas pascais, por exemplo. A venda de produtos como bacalhau e outros peixes também ganham destaque por conta da Sexta-feira da Paixão.
Com a crescente flexibilização das medidas preventivas contra a pandemia, a aposta é na volta das reuniões familiares e de amigos e a espera é por um crescimento nas vendas de ovos de Páscoa, esperando uma melhor Páscoa dos últimos anos.
Segundo a Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas), registra-se um crescimento da ordem de 58% nos lançamentos por parte dos fabricantes, com um total de 150 novos produtos.
Além dos ovos tradicionais, o Pão de Açúcar da Vila Nova, por exemplo, terá produtos exclusivos, nacionais e importados. A rede também aposta em peixes e o tradicional bacalhau, azeites e uma grande variedade de vinhos e cervejas especiais.
Na Rede Bom Lugar (Rancho Grande), o otimismo é grande não apenas quanto a venda de ovos de Páscoa em si, mas também outros produtos como colombas, barras de chocolate, caixas de bombom e barras para derreter, para pessoas que fazem seus próprios ovos.
A rede diz que o feriado da Semana Santa, junto com a Páscoa, “acaba alavancando a venda de vários itens como bacalhau, outros tipos de peixes, camarão e até mesmo enlatados, além de palmito, azeite, leite de coco, farináceos, azeitonas, etc.”.
No entender do Bom Lugar, a flexibilização das restrições da pandemia também deve contribuir com o aumento das vendas. A rede festeja o atendimento personalizado e com preços competitivos “e isso tem se traduzido em números crescentes, desde nossa inauguração em Itu, em agosto de 2019”.
Outro lado – Há um comerciante tradicional na cidade, mas que pediu para não ser identificado, que não foi tão otimista. Estabelecido na cidade há mais de 25 anos e com um comércio de base familiar, ele disse que “este ano está pior que na parte mais difícil da pandemia. Em 2020 e 2021, muitas pessoas, mesmo com as restrições de saúde, reuniram-se em casa para comemorar a Páscoa em família e mesmo com as portas fechadas, fizemos boas vendas. Agora que a vida vai voltando ao normal, as coisas estão caindo”.
O comerciante, que não vende ovos, mas sim produtos para que as pessoas possam fazer seus ovos em casa, por exemplo, atribui essa situação difícil a alguns fatores como “alta dos preços, aumento da concorrência. Muitas pessoas sabem que podem comprar o chocolate e fazer os ovos em casa que fica mais em conta, mas o apelo comercial das grandes marcas é grande e as pessoas acabam preferindo pagar mais, tendo menos”.
Ele finaliza enfatizando que “nossa saída é ter um atendimento mais pessoal, mais personalizado, onde nossos clientes não são apenas ‘mais um’, e sim um amigo que entra sabendo que poderá voltar sendo recepcionado e atendido de forma diferenciada”.