Ituana medalhista em Olimpíada de Informática é aprovada para o MIT
A jovem ituana Carolina Moura Valle Costa, de 17 anos, tem uma trajetória de sucesso. Medalhista de bronze da Olimpíada Internacional de Informática em 2020 e 2021, ela conquistou em 2022, já formada no Ensino Médio, uma vaga no Instituto de Tecnologia (MIT) de Massachusetts, nos Estados Unidos.
O MIT é considerado o melhor do mundo pelo ranking “Times Higher Education“. Entre professores e alunos que fizeram ou ainda fazem parte da instituição, 98 já ganharam o renomado prêmio Nobel.
Mas, para chegar até este momento, Carolina relembra ao Periscópio sua trajetória. “Comecei a fazer olimpíadas no Colégio Anglo [em Itu], Olimpíada da Matemática e Informática, e eu sempre estudei muito para elas, acho muito legal. Matemática Olímpica é completamente diferente da escola e comecei a estudar muito sozinha, a ganhar premiações e, quando fui para o Ensino Médico, eu quis me dedicar mais para essas olimpíadas”.
Foi com esse pensamento que Carolina procurou, juntamente com sua família, um colégio que possuía treinamento específico para isso. A estudante então deixou a cidade de Itu para morar na capital São Paulo, passando a estudar no Colégio Etapa após conquistar bolsa.
“Comecei a ter aulas muito intensas de informática, com professores renomados de fora do Brasil, inclusive, e consegui atingir o nível e me classificar para a Olimpíada Internacional de Informática. Com isso, ganhei uma medalha e quando o aluno é medalhista olímpico, o pessoal do Colégio Etapa orienta muito para você aplicar para universidades fora do Brasil, porque essas competições são a ‘nata acadêmica’ e as universidades procuram muita gente medalhista dessas olimpíadas”, destaca a estudante.
Carolina então seguiu a orientação e aplicou a nota para algumas universidades dos Estados Unidos, e o MIT a aceitou. “Eu tenho certeza que a minha medalha pesou muito, mas eu tinha outros cursos extracurriculares, 2021 foi um ano bem intenso.
“Eu sei que o MIT é uma das melhores universidades do mundo, eu tenho certeza que vou encontrar muito gênio lá, particularmente eu não. Se o MIT escolhesse somente gênios, eu acho que teria 1 milhão de pessoas na minha frente”, diz, com modéstia. “Se escolhessem só gênios, não estariam pegando a menina que foi medalha de bronze. Pegariam todas as medalhas de ouro e de prata de todas as olimpíadas. Na minha própria sala no Etapa conheço muita gente inteligente”, acrescenta.
“Mas assim como eu acho que não sou gênio, vai ter gente muito inteligente lá, mas também sei que o MIT só aprova gente com uma história de vida muito interessante, pessoas que têm propostas de estudar coisas que são apaixonadas. E eu espero ter aulas com os melhores professores do mundo, que estão desenvolvendo as tecnologias que estou estudando”, conclui a estudante, que cursará ciência da computação no MIT até 2026.