Casos de dengue em Itu já preocupam
Os casos de dengue já começam a preocupar na cidade de Itu. Segundo registro no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), já foram 191 casos da doença até o último dia 8 de maio. Isso corresponde a praticamente metade do que foi computado em 2021 inteiro (quando foram somados 398 casos) e mais que o dobro de 2020 (que teve 80 casos). Nenhuma morte foi confirmada nesses três anos.
Segundo informações da Prefeitura, os bairros com maior número de casos positivos são o Jardim Alberto Gomes, Residencial São Domingos, Residencial Vila Verde, Jardim das Rosas, Parque Jardim das Rosas, Parque Industrial, Jardim Padre Bento e Vila Ianni. De forma mais ampla, houve casos isolados em vários outros bairros sem que houvesse uma ampliação graças ao controle realizado, de acordo com a administração municipal.
A Prefeitura informou ao JP que suas ações de combate ao mosquito Aedes aegypti – transmissor da dengue e outras doenças – estão baseadas nos planos nacional e municipal de controle do vetor. “Estas ações são desenvolvidas durante todo o ano e tem por objetivo o controle no mais de 50 mil imóveis do município nas operações casa a casa, pontos estratégicos e imóveis especiais”, declarou o Poder Público. Itu também realiza trimestralmente avaliação de densidade larvária para medir o grau de infestação do Aedes, bem como os recipientes por ele preferidos.
Especificamente neste período de transmissão, as equipes do controle de vetores realizam as ações de bloqueio e controle de criadouros em casos confirmados e ou suspeitos da doença e também o controle químico com uso de inseticida.
Nas regiões onde um surto estiver ocorrendo, também são realizadas a operações com uso de equipamento embarcado em caminhonete, popularmente conhecido como “fumacê”. Paralelo a isso tudo são identificados munícipes que tenham criadouros com larvas de mosquito que são orientados no sentido de ter mais atenção. Notificações e multas também são emitidos.
Atenção médica
Os munícipes com suspeita da doença devem procurar uma unidade de saúde. Os casos são constatados mediante resultado de exames, que estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), na Unidade de Pronto Atendimento – UPA 24h (Parque Nossa Senhora Aparecida) e no Pronto Atendimento Municipal (Vila Martins). Quando o paciente estiver no período de até o terceiro dia do início dos sintomas, realiza-se o teste NS1, cujo resultado fica pronto na hora.
Já quando o paciente estiver no período após o terceiro dia do início dos sintomas ou se o NS1 der negativo, é colhido exame sorológico a partir do sexto dia dos sintomas. O material é encaminhado a unidade do Instituto Adolfo Lutz em Sorocaba e, atualmente, são necessários pelo menos 15 dias para processar o exame.
Não houve registro de outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti (como o zika vírus, a febre amarela urbana e a chikungunya) neste ano. A recomendação para impedir a reprodução do mosquito e, consequentemente, os casos de doenças é um só: evitar os criadouros do Aedes.
Covid ou dengue?
De acordo com especialistas, os sintomas iniciais da dengue e da Covid-19 podem ser semelhantes, como febre, dor de cabeça e dor no corpo. Ambas apresentam período febril, uma fase crítica, são infecções sistêmicas, mas nem sempre típicos e com evolução padrão. Os quadros respiratórios como tosse seca, falta de ar e alterações de olfato e paladar são mais encontrados na Covid. Outros sintomas comuns são febre e cansaço.
Os sintomas da dengue são febre alta, dores intensas de cabeça e no corpo, fraqueza e cansaço; manchas vermelhas (exantema) podem aparecer pelo corpo. Normalmente, os pacientes não apresentam quadros respiratórios como tosse e coriza. Os sintomas de alerta de que a doença pode estar evoluindo para uma forma grave estão vômitos persistentes, dor abdominal intensa e tontura, podendo ou não ter sangramentos.