Cinerama: “Elvis”, a poderosa cinebiografia do Rei do Rock
Drama biográfico, 2022
Direção: Baz Luhrmann | Em cartaz no Cine Plaza
Nota: ★★★★☆
Uma cinebiografia poderosa. Em “Elvis”, a vida do Rei do Rock é contada de uma maneira muito particular pelo diretor Baz Luhrmann (de “Moulin Rouge”), que optou pela visão controversa de seu empresário, o Coronel Tom Parker (Tom Hanks, que está irreconhecível sob tanta maquiagem, mas que se entrega de corpo e alma ao papel) – que aqui também faz as vezes de vilão.
E se há um vilão, pressupõem-se que há um herói. E o Elvis Presley vivido magnificamente por Austin Butler é isso: um herói com o superpoder de encantar plateias. Sua performance é vibrante do começo ao fim, como o cantor foi até o trágico adeus.
Ouso dizer que Butler tem uma performance digna de ganhar Oscar, carregando a produção com brilho e vitalidade. As conflituosas relações dele com o empresário e a família dão o tom do filme, que não esconde a intenção de elevar o cantor ao patamar que ele merece: das lendas.
Mesmo com a estética extravagante (como os figurinos de Presley) e uma montagem frenética que pode desnortear em alguns momentos (Luhrmann opta, ainda, por uma câmera pulsante e muitos cortes, além de saltos temporais grandes), “Elvis” é um filme potente e à altura de um grande artista.