Espaço Acadil: Um novo universo

Guilherme Del Campo
Cadeira  nº 11 I Patrono Mario de Andrade

Tempos atrás acreditava-se que só havia uma única galáxia, a nossa Via Láctea, do qual o Sistema Solar faz parte. Ela é formada por centenas de milhões de estrelas, nebulosas, cometas, asteroides, poeira estelar, planetas e satélites como a Lua, entre outros fenômenos celestes. O nosso planeta Terra era considerado o único a desenvolver vida, como a conhecemos, dentro do Sistema Solar.

Agora, a NASA divulgou, com enorme repercussão, a primeira imagem do mais avançado telescópio espacial, denominado James Webb Space Telescope, para surpresa e espanto, não só dos cientistas como a de todos nós. A um custo de bilhões de dólares, o telescópio foi desenvolvido pela NASA, Agência Espacial Europeia e Agência Espacial Canadense, que colocaram no espaço um observatório para captar radiação infra-vermelha e vascular o Universo, em pormenores nunca antes vistos.

Sucessor do telescópio Hubble, suas revelações mostraram-nos que há uma quantidade ilimitada de galáxias e de bilhões de estrelas e sóis. Assim, o Universo tornou-se ainda mais infinito, do que poderíamos humildemente imaginar.

Consequentemente, há bilhões de planetas a orbitar bilhões de estrelas, com enormes possibilidades de conterem vida, visto a chance de reunir condições favoráveis como a nossa Terra. Aliás, diga-se que com relação ao Universo, a nossa Terra nada mais é que um pequeno grão de areia flutuando no Cosmo. Além disso, o telescópio James Webb de alta precisão, vai permitir verificar as possibilidades de vida em outros planetas.

Como seria vida nesses longínquos planetas? Difícil de conceber e especular. Provavelmente seriam seres diferentes de nós, talvez aberrações inconcebíveis, figuras fantasmagóricas e horripilantes. Mas tudo isso é suposição.

Ressalte-se que as imagens, agora obtidas, precisam viajar por milhões de anos luz para chegar até nós, portanto teremos uma visão do passado planetário longínquo.

É de emocionar reconhecer que se trata de uma façanha estupenda e essa nossa nova visão de mundo, merece reflexões.

Dentre essa nova perspectiva, fica difícil não reconhecer que provavelmente não estamos sós no Universo.Devem haver civilizações atrasadas, como a dos homens das cavernas, entre outras, com aquelas que detém alto grau de desenvolvimento e conhecimento tecnológico e a milhares de anos à nossa frente.

Isso é assustador? Não creio, é apenas conhecimento científico a despertar nossa incrível vocação de curiosidade e a de nos revelar mistérios infindos.