Gente da Gente: Daniele Salvaia
A coluna “Gente da Gente” desta semana traz um pouco da trajetória de Daniele Salvaia, fisioterapeuta com especialização em oncologia e formação em Dor pela USP (Universidade de São Paulo), que é integrante da equipe multidisciplinar da Neo Onco Especialidades – Unidade Itu.
Em junho deste ano, ela lançou o livro “No Caminho da Transformação”, repleto de histórias de superação de pacientes e familiares durante o tratamento contra o câncer.
Como faz questão de destacar, suas consultas são recheadas de empatia e uma conexão de muita confiança e de acordo com ela, a fisioterapia oncológica “tem como objetivo promover o cuidado” e “esse cuidado vai desde a fase da descoberta do diagnóstico até a última etapa do tratamento, que muitas vezes se dá pela radioterapia”.
Sobre sua atuação, Dra. Daniele explana que na fase da descoberta da doença, os pacientes são orientados sobre “possíveis sequelas que o tratamento pode trazer e como nós, fisioterapeutas oncológicos, podemos ajudá-los, e isso compreende desde o pós-operatório imediato, durante as intervenções de quimioterapia e durante a radioterapia”.
“O fisioterapeuta especialista atua com expertise na possível sequela que cada fase do tratamento pode promover, utilizando de diversos recursos terapêuticos, desde atividade física regular para diminuir sintomas como a fadiga oncológica, a neuropatia periférica induzida pela quimioterapia”, explana.
Daniele atua também na diminuição do risco de sarcopenia e tem atuação também em “recursos como bandagens terapêuticas e mobilizações precoce no pós operatório e a fotobiomodulação durante a radioterapia para minimizar o efeito inflamatório na pele que esse tratamento pode ocasionar”.
A profissional comenta que é fundamental “agregar o fisioterapeuta oncológico na equipe dos cuidados, nós sabemos das mazelas que o diversos tratamento pode trazer e prevenir e/ou recuperar a integridade física desse paciente é nossa maior missão.”
“É preciso lembrar que o paciente não é o câncer. Ele está com câncer, sendo assim é preciso ampliar o olhar para a esfera do tratamento biopsicossocial. O paciente é um todo’, não uma doença”, conclui.