Nilson César: “Essa vai ser a 9ª Copa do mundo que eu vou narrar”

Letícia Petrelli

Nilson César é narrador da Jovem Pan há 40 anos (Foto: Reprodução)

Nilson César Piccini Favara, da Jovem Pan, é o narrador esportivo titular da Jovem Pan desde 2000 e trabalha como locutor da casa há 40 anos (desde 1982). Nilson já narrou oito Copas do Mundo e mais de 200 Grandes Prêmio de Fórmula 1. Em entrevista, o locutor esportivo compartilhou as suas expectativas para a copa do mundo deste ano e os momentos mais emocionantes da sua carreira.

JC: Qual foi a Copa do mundo mais marcante para você?
Ah, com certeza a de 2006 na Alemanha, porque foi o primeiro ano que eu narrei como titular da Jovem Pan. Eu já era titular desde 2000, mas ainda não tinha tido a chance de narrar a Copa como titular. Quando você é titular, você pode acompanhar o seu país na Copa, então foi o primeiro ano que eu pude acompanhar o Brasil. Foi muito emocionante.

JC: Você já passou por alguma situação delicada em alguma dessas copas que você cobriu?

Que eu me lembre, não. Em Copa do Mundo a organização é perfeita, é tudo bem setorizado, então é difícil acontecer alguma situação complicada. É muito trabalho, é quase 24 horas por dia trabalhando, mas você aprende e troca muito experiência. Gera um amadurecimento profissional muito grande.

JC: Quais são as suas expectativas para a Copa desse ano? Você irá narrar?

Eu acredito que o Brasil tem capacidade para ganhar. Não é fácil, tem que ter esperança mas acho que tem chance da gente levar, sim. Se o Brasil não ganhar, um dos quatro grandões irá (Brasil, França, Argentina ou Alemanha). A Copa do Mundo é como se fosse o McDonald’s, no final sempre tem um funcionário do mês, um desses grandões vai ser o funcionário do mês e vai levar o título. Eu vou narrar, mas dessa vez no estúdio. Essa vai ser a primeira vez que eu não vou viajar. A Jovem Pan optou por mandar apenas o repórter pro Catar e deixar o locutor no estúdio ao vivo. Foi uma opção da rádio.

JC: O que representa narrar uma Copa do Mundo? Qual a sensação?

Ah, é chegar ao ápice da carreira no jornalismo esportivo. Essa vai ser a 9º Copa do Mundo que eu vou narrar, mas a emoção é sempre nova. Eu me sinto como um moleque, como se não tivesse feito nada ainda. É como se fosse sempre uma coisa nova.