Dia Mundial do Diabetes foi celebrado no dia 14
A ONU – Organização das Nações Unidas instituiu, por meio da resolução nº 61/225 em 2006 a data de 14 de novembro como o Dia Mundial do Diabetes. Entretanto a data já era comemorada desde 1991, data de aniversário de Sir Frederick Banting, co-descobridor da insulina, juntamente com Charles Best.
No Brasil, em 26 de junho, é comemorado também o Dia Nacional do Diabetes, data que surgiu em uma parceria do Ministério da Saúde e a OMS – Organização Mundial da Saúde, visando conscientizar a população brasileira sobre a doença que afeta quase 10% da população nacional.
O Brasil é o sexto país no mundo em incidência de diabetes e o primeiro na América Latina. São 15,7 milhões de pessoas adultas com esta condição e a estimativa é que até 2045, a doença alcance 23,2 milhões de adultos brasileiros.
A reportagem do Periscópio manteve contato com a Prefeitura, que informou que “a Secretaria Municipal da Saúde promove ações constantes de prevenção e acompanhamento de diabetes em todas as Unidades Básicas de Saúde. Por meio de um programa de acompanhamento de doenças crônicas, a Prefeitura de Itu cuida de 1.458 munícipes com diabetes”.
A Prefeitura informou ainda que “os pacientes atendidos pela Rede Pública são assistidos por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e nutricionistas, para que o acompanhamento seja feito de forma a garantir melhor qualidade de vida”. Além do atendimento à população, a Secretaria de Saúde realiza treinamentos, palestras e reciclagens com os profissionais da atenção básica”.
A reportagem manteve contato ainda com duas pessoas, uma diabética e uma pré-diabética, que falaram a respeito da doença e de como se cuidam. Vanessa Massa de Souza, publicitária, de 43 anos, disse que “não nasci diabética, desenvolvi a diabetes na minha primeira gestação (diabetes gestacional). Me tratei sem uso de insulina e medicação, somente controlando a alimentação e a doença desapareceu”.
Porém, na segunda gestação, Vanessa deparou-se novamente com a doença. “Foi quando ela voltou como tipo 2. Hoje faço uso de insulina NPH e tomo medicamento de uso contínuo via oral”. Ela faz seu tratamento vis SUS e ressalta que há bons médicos na rede pública de saúde. “Levo uma vida normal, como de tudo um pouco, mas sem exageros e geralmente opto por produtos diet. Porém, alimentos integrais e diet são muito caros. Na minha opinião deveriam ser mais baratos”, lamenta.
Finalizando, Vanessa alerta que “diabetes mata. Tudo contribui: o emocional, principalmente”. Mas ela mesma dá a receita, afirmando que “o ideal é manter o controle da situação e manter todos os cuidados. Exercícios me ajudam bastante, caminhadas e força de vontade. Foco, força e fé é a receita para ter qualidade e viver plenamente feliz”.
Já a secretária Georgia Bernardo Mombelle, 33 anos, está na condição de pré-diabética. Ela diz que “há quatro anos fiz um exame de sangue (glicemia) solicitado por um endocrinologista. A surpresa foi o resultado desse exame. Ao vê-lo, meu médico arregalou os olhos e soltou um assustador aviso: você está pré-diabética! Isso me abalou de tal forma, que eu saí do consultório com um misto de sensações: medo, pânico, susto, surpresa…”.
Pega de surpresa, Georgia disse que “meio paralisada pelo susto que levei, entrei no meu carro, fechei a porta e aos prantos peguei o celular e liguei imediatamente para o meu marido. Lembro nitidamente de dizer pra ele (chorando): ‘eu estou ficando diabética! Não vou mais tomar um gole de refrigerante!!!’ (risos). E foi exatamente isso que eu fiz”.
Ela lembra que “no dia seguinte, no caminho até a farmácia para comprar o medicamento receitado para reduzir meu nível de açúcar no sangue rapidamente, parei no supermercado e comprei muitas frutas, legumes de baixo índice glicêmico e muitos alimentos saudáveis , para iniciar minha nova vida. Pensar em ficar diabética me deixou aterrorizada. Então comecei a inserir imediatamente hábitos saudáveis, exercícios físicos e reduzir drasticamente o açúcar na minha alimentação. E tudo isso me salvo!”, comemora.
“Consequentemente perdi muito peso, o que pela primeira vez não era a meta. E passei a ter uma qualidade de vida muito melhor. Acredito que além de tudo isso, o principal foi ter descoberto isso precocemente, antes de se tornar irreversível. Então, se hoje eu tivesse que dar um conselho a alguém, seria esse: se cuide! Faça check-up regularmente, cuide de você. Antes que seja tarde”, alerta.