Itu teve quase 300 casos de interrupções de energia por pipa nos últimos três anos

Com as férias escolares de verão, está aberta a temporada de pipas. Para colorir o céu sem acidentes, que podem ser até fatais, ou causar interrupções no fornecimento de energia, a CPFL Piratininga dá dicas de segurança. 

A regra de ouro é nunca empinar pipas perto da fiação elétrica. Os locais ideais para essa brincadeira são campos abertos. Também é importante evitar a prática no entorno de rodovias e canteiros de avenidas, onde não só a rede de energia exige atenção, mas também o tráfego de veículos pode ser um fator de risco. 

Caso o brinquedo caia próximo a equipamentos ou fiação do sistema elétrico, pode ser até tentador, mas em hipótese alguma tente resgatá-lo. “Qualquer pessoa que se aproxima da rede, utilizando objetos para facilitar o alcance da pipa, se expõe a risco de sofrer descargas elétricas. E um choque pode ser fatal”, afirma Marcos Victor Lopes, gerente de Saúde e Segurança Trabalho do Grupo CPFL Energia. 

A CPFL Piratininga também alerta para a proibição do uso de cerol ou da chamada ‘linha chilena’. Segundo Marcos Victor, por conduzirem energia, as substâncias usadas nessas linhas aumentam os riscos de choque, quando em contato com a rede elétrica. “Essas linhas podem romper cabos da rede e provocar curtos-circuitos, interrompendo o fornecimento de energia e colocando em risco a vida de pedestres, ciclistas e motociclistas.” 

O uso de cerol ou linha chilena é considerado crime em São Paulo, de acordo com a Lei Estadual no. 12.192, de 2006. Em caso de ocorrências do tipo, a CPFL Piratininga orienta as pessoas a ficarem o mais distante possível do fio partido. Se houver vítimas no local, Corpo de Bombeiros, SAMU ou outro órgão de socorro médico deve ser acionado imediatamente. 

Ocorrências 

As orientações de segurança fazem parte da campanha Guardião da Vida, do Grupo CPFL, um trabalho constante de conscientização sobre os riscos de interação próxima da rede elétrica. Os alertas relacionados a pipas são tema de palestras desenvolvidas especialmente para alunos da rede pública de ensino. O esforço tem como objetivo a redução dos números de ocorrências no sistema elétrico causadas quando essa brincadeira, tão tradicional, é praticada de forma inadvertida.  

Em 2023 (dados preliminares, devido a apuração parcial de dezembro), Itu foi a cidade da região que mais registrou casos: 68. Embora, mesmo com o alto número, apresentou queda significativa no número de casos em relação a 2022 (130), foram 47,7% menos casos. Em 2021, foram 99 casos. Em três anos, ao todo foram quase 300 casos de ocorrências no sistema elétrico por conta de pipas na cidade.

• Evite “rabiolas”. Esse adereço pode até ser bonito, mas o risco de embaraçar nos fios elétricos é grande. Se isso ocorrer, pode causar desligamento do sistema ou provocar choques, muitas vezes fatais; 

• Não utilize linhas metálicas, como bobinas de fio de cobre, ou papel alumínio na confecção do brinquedo. Esse tipo de material potencializa risco de curtos-circuitos; 

• Nenhum objeto é seguro para resgatar uma pipa da fiação, nem canos, bambus, tampouco linhas para laçá-la;  

• Essa brincadeira não é para dias de chuva. A pipa funciona como para-raios, atraindo raios e relâmpagos, e conduzindo energia até a pessoa que a está empinando.