Wagner Sasso: “Esse tal ‘DNA Ofensivo’ deixa muito a desejar”
Por Wagner Sasso | Comentarista esportivo
Juninho se pronunciou nesta semana em defesa do trabalho do treinador Marcinho e do “Projeto DNA Ofensivo” do Galo. Creio que é um direito óbvio dos gestores do clube decidirem por um caminho para o time de futebol. Mas claro, há que se buscar profissionais que consigam de fato executar o plano pretendido. Ou, como no caso, perceber a tempo que determinado profissional não consegue extrair de seus comandados qualquer sintoma de reação ou produtividade dentro do minimamente desejado. Afinal, depois de oito rodadas o Galo anotou dois gols e sofreu 12. Esse tal “DNA Ofensivo” deixa muito a desejar.
Marcinho teve desempenho pífio no Brasileiro B e poderia alegar que não foi responsável pela montagem do elenco. Na reta final escapou do rebaixamento com muita sorte e pouco juízo. Já no Paulistão, onde se supõe, possa ter participado das contratações, consegue desempenho ainda pior. No momento flerta perigosamente com a zona de rebaixamento.
Entendo que Juninho nesta fase atual do campeonato está correndo risco de comprometer o belíssimo trabalho que tem feito na gestão do futebol rubro-negro. Não precisa. A gestora também tem suas culpas, o elenco é fraco e limitado, principalmente no setor ofensivo, onde reina uma falta de qualidade assustadora. Onde essa gente vai buscar esses atletas? É um entra e sai sem fim e a qualidade só piora…
Assistimos aos jogos e diante de tanta falta de criatividade, objetividade, técnica, habilidade, intensidade, fica impossível acreditar que o mundo de Marcinho é o mesmo que habitamos. Talvez no intento de preservar seus atletas, o vestiário e o bom ambiente, ele prefira ver outro jogo, quase sempre o “Campeonato Nacional de Nárnia”, onde supostamente o Ituano tem praticado seu “futebol vertical”. Só que não.
E o rebaixamento está logo ali. Basta uma breve olhada na tabela… Em tempo, R$ 160,00 por uma arquibancada coberta pra ver esse time jogar é uma verdadeira ofensa ao torcedor. Enfim, são esses os novos tempos do futebol…