Imprensa analisa o que levou Ituano a cair
Conforme já era esperado, se for analisado sem qualquer paixão clubística, o Ituano acabou sendo rebaixado após longos 23 anos na elite do futebol paulista.
Nas 12 rodadas da primeira fase do Paulistão, estreou com uma derrota normal fora de casa e já na segunda rodada venceu em casa o gigante Corinthians. Daí por diante não veio mais nenhuma vitória e o clube sofreu uma série de tropeços.
Torcida e a própria imprensa questionaram a manutenção de Marcinho Freitas no comando técnico. Uma mudança poderia ter acontecido coerentemente na sexta ou no máximo na sétima rodada, mas só veio após o revés da nona. Na décima rodada, o time jogou com técnico interino e quando Alberto Valentim assumiu definitivamente, faltavam apenas e tão somente dois jogos e a situação já era irreversível.
O Periscópio ouviu alguns jornalistas e radialistas que cobriram o Ituano neste Paulistão e na eliminação mais que precoce da Copa do Brasil e eles falam o que levou o clube ao rebaixamento.
Dudu Maravilha – Para Reinaldo Sbrissa, o popular Dudu Maravilha, 56 anos, da Rádio Convenção, “o culpado pelo rebaixamento deve ter nome e sobrenome, embora eu não saiba quem faz as pesquisas para contratação dos jogadores para a formação do elenco. De 2023 pra cá, quem está contratando está errando e errando feio”.
Ele completa: “a culpa é do Marcinho? Na minha opinião, não. ‘Ah, mas o Marcinho treinava’. A culpa não era dele se os jogadores não faziam em campo aquilo que foi treinado. Pra mim, a culpa é de quem formou o elenco”.
João Vitor – Repórter da Nova Itu FM, João Vitor Ferreira de Godoi, 19 anos, entende que “na minha visão, o rebaixamento do Ituano no Paulistão era algo que se podia prever antes mesmo do início do campeonato. A montagem do elenco foi questionável, realizando contratações de jogadores que não tinham números para um time que disputaria a primeira divisão de São Paulo e nem características para suprir as necessidades do estilo de jogo do técnico Marcinho”.
João Vitor vai além: “aliado a isso, tivemos uma insistência em manter o treinador no cargo, sendo evidentes as más atuações, na disputa de um campeonato curto e que não permite muitos deslizes. Em resumo, os erros de gestão foram essenciais para que o Ituano fizesse a pior campanha do Paulistão e consequentemente fosse rebaixado em 2024.
Arcílio Neto – O jornalista de 29 anos diz que “o rebaixamento do Ituano não aconteceu em 2024. Mesmo com o aumento da receita em 2023, a gestão manteve os investimentos em níveis baixos, apostando, em sua maioria, em jogadores com a carreira em baixa. O Galo teve mais sorte que juízo em 2023 e escapou de dois rebaixamentos graças à incompetência ainda maior dos adversários diretos”.
O conhecido Neto Bragagnollo destacou também que “o ano novo chegou e os gestores novamente jogaram cartas com a sorte. Além da falta de visão em quase todas as contratações, decidiu manter Marcinho mesmo com péssimas sequências e desempenhos ainda piores. Ter paciência com técnico é uma virtude rara no mundo do futebol, mas tudo tem um limite. A gestão não soube identificar o momento, insistiu em uma ilusão de DNA ofensivo e a insistência no erro custou o rebaixamento e a lanterna do Paulistão”.