Vereador denuncia que hemodinâmica da Santa Casa será fechada; Prefeitura explica situação
O vereador Eduardo Ortiz (MDB) denunciou na sessão ordinária desta semana que o setor de hemodinâmica da Santa Casa de Itu será fechado por falta de pagamento. Segundo o edil, o serviço já havia reduzido o número de atendimentos para apenas 10, sendo que a capacidade seria de 100 atendimentos – ele não informou se esse seria o número diário ou mensal.
A hemodinâmica é uma área de atuação que se propõe a diagnosticar e tratar disfunções neurológicas, endovasculares e cardiológicas, como obstruções, aneurismas e tromboses. As técnicas de hemodinâmica utilizam cateteres para analisar os vasos sanguíneos, o que a torna um procedimento seguro e minimamente invasivo.
Eduardo Ortiz afirmou que questionou o diretor do hospital, Dr. Luiz Marcelo Vieira, a respeito da diminuição do número de atendimentos, sendo informado que o valor de custeio dos procedimentos repassado pela Prefeitura era baixo.
O edil também informou que fez um requerimento à administração municipal no ano passado sobre o atendimento do setor de hemodinâmica, recebendo como resposta que os procedimentos são realizados pelo Governo do Estado de São Paulo. “Tudo nesse governo é obscuro, é uma dificuldade imensa em prestar informações aos vereadores e à população”, declarou o vereador.
Ortiz então disse que recebeu denúncia de que o setor está inoperante e será fechado por falta de pagamentos. Ainda afirmou que os equipamentos serão transferidos para a Santa Casa de Porto Feliz. O vereador disse que buscaria informações sobre a denúncia e cobrou que a imprensa cobrisse o tema.
Outro lado
O JP procurou a Prefeitura, responsável pela Santa Casa, que informou que “o vereador mostra-se desatualizado e desinformado sobre o funcionamento da Saúde Pública na própria cidade em que ocupa cargo Legislativo”.
Segundo a administração municipal, nunca houve hemodinâmica pelo SUS (Sistema Único de Saúde) na Santa Casa de Itu. “O que havia e foi desativada, desde o ano passado, era a prestação privada deste serviço nas instalações voltadas para o atendimento particular do imóvel que abriga o hospital”, explica.
“Cabe ainda informar que não há nenhuma dívida ou falta de pagamento, de acordo com a IGAPS (Instituto de Gestão Administração e Pesquisa em Saúde), OS (Organização Social) gestora da Santa Casa. Em relação aos equipamentos, os mesmos pertencem a empresa que prestava esse serviço particular no passado, ficando à critério desta a sua relocação”, finaliza a nota.