Com descendente da Família Imperial, 2º Encontro Monárquico ocorre em Itu

Dom Bertrand de Orléans e Bragança promoveu uma das palestras do encontro (Foto: Daniel Nápoli)

No último domingo (28) foi realizado na Fazenda Vassoural, em Itu, o 2º Encontro Monárquico Histórico e Cultural – Itu Fidelíssima. O evento, organizado pela Rádio Brazil Imperial e o Movimento.Con, contou com a presença de dezenas de entusiastas do movimento monárquico.

No encontro, foram promovidas palestras ministradas pelo professor José Carlos Sepúlveda, Paulo Henrique Araújo (PHVOX), professor Armando Alexandre dos Santos e Dom Bertrand de Orléans e Bragança, autointitulado Príncipe, descendente direto de D. Pedro I (tetraneto dele).

Dom Bertrand de Orléans e Bragança, que é advogado e escritor, seria o Imperador do Brasil, caso o país retornasse hoje a ser uma Monarquia falou ao Periscópio sobre sua vinda a Itu, suas impressões sobre a cidade e a importância do encontro para a sociedade.

“Não é a primeira vez que estou aqui [em Itu]. Já tinha vindo outras vezes e a primeira foi na década de 1950. Vim aqui hoje para o Encontro Monárquico. O Brasil quer voltar a ser monárquico. No Brasil não há ninguém que diga que a República deu certo e não seria uma volta da Monarquia e sim uma retomada de uma trilha”, declarou.

Sobre Itu, Dom Bertrand diz que “Itu tem seu progresso como todas as cidades do interior de São Paulo. Em uma breve análise não há criminalidade, se há é mínima, mas é um outro Brasil, basta sair em São Paulo e ver uma outra realidade”.

Um dos organizadores do evento, César Jaques, que é co-fundador da Rádio Brazil Imperial, também falou à reportagem sobre o evento. “Hoje a gente tem aqui no encontro pessoas da nossa região e de regiões mais distantes. Hoje, temos aqui um momento histórico, um evento cultural que a gente quer mostrar o que realmente aconteceu na história”, disse.

César segue falando sobre o encontro. “Um evento alusivo aos 200 anos da Independência [do Brasil], porque passamos em 2022 e não pudemos fazer esse evento porque Dom Luiz, na época o chefe da Casa Imperial, irmão de Dom Bertrand veio a falecer e o evento teve de ser adiado e agora, em 2024, estamos comemorando os 200 anos da primeira constituição imperial do Brasil e devido a essas datas históricas a gente trouxe pessoas catedráticas nesse assunto histórico para a nossa região”, explicou.

“É um momento histórico, trouxemos aqui nosso Príncipe Imperial, o herdeiro do trono, caso o país fosse uma monarquia. Temos aqui a história viva, o bisneto da Princesa Isabel, toda a linhagem da Família Imperial, trouxemos hoje na pessoa de Dom Bertrand”.

Também esteve presente no evento, o ituano João Paulo Camargo. Professor de história, ele fala ao JP que o que o aproximou do movimento monárquico foi a questão religiosa. “Na verdade, o início foi quando eu conheci a Tradição, Família e Propriedade [uma organização civil de inspiração católica tradicionalista fundada pelo professor catedrático, deputado federal constituinte em 1934, escritor e jornalista católico paulista Plinio Corrêa de Oliveira. Ela é pautada na tradição católica e no combate às ideias maçônicas, socialistas e comunistas] acabou tendo uma divisão interna e os seguidores do Professor Plínio Corrêa de Oliveira montaram o Instituto Plínio Corrêa de Oliveira e os conheci na época da faculdade e comecei a conhecer mais a doutrina da igreja e doutrina tradicional”.

“Por meio do livro ‘Revolução e Contrarrevolução’ [de autoria de Plínio Corrêa de Oliveira] eu entendi um pouco mais sobre o problema do golpe da República e que me aproximou do movimento monárquico”, conclui.