Capitão Carlos: uma trajetória de luta pela segurança na cidade de Itu
Desde 2015 atuando na cidade de Itu, o comandante da 1ª Companhia de Polícia Militar, Capitão PM Carlos Eduardo Guará Carrilho, se despediu nesta semana. Promovido a Major (a oficialização se dará na semana que vem), o policial militar agora será designado para uma outra missão em um outro município.
Nesta semana, o Capitão Carlos, como é mais conhecido, conversou com a reportagem do Periscópio. Ele chegou a Itu em setembro de 15, recém-promovido a Capitão, após ficar cinco anos e meio no policiamento rodoviário (atuava em três rodovias na entrada de São Paulo) para chefiar o setor de comunicação social do 50º Batalhão de Polícia Militar do Interior, deixou a função em junho de 2019, para comandar a 1ª Companhia. de Polícia Militar.
Na 1ª Companhia, sua principal missão foi comandar as obras de reforma do prédio da sede própria da mesma, inaugurada em maio do ano passado. À reportagem, o Capitão comentou a respeito da missão. “Uma luta para [conseguir] a documentação do prédio, início das obras para reforma. Contamos com total apoio do Major Drague (Comandante do 50º BPM/I) e de toda a sociedade, nos mais diferentes setores. Não fosse essa parceria entre a PM e a sociedade, não fosse essa parceria, não teríamos essa estrutura”.
A sede, conta com salas de administração e atendimento ao público, auditório, pátio para viaturas, salas para atendimento médico, odontológico e fisioterapêutico e academia. A sede também é um ponto de visitação turística com uma mini viatura com sirene para as crianças, museu histórico da Polícia Militar, um totem para autoatendimento para cadastro de visitações e orientações de segurança por QR Code.
O prédio que abrigava antigo posto de saúde passou a ser de responsabilidade da corporação policial após um longo trabalho iniciado ainda na primeira gestão do prefeito Guilherme Gazzola (PP) e com o apoio do então vereador Luciano Ribeiro (União Brasil), presidente do SECOM (Sindicato dos Comerciários de Itu e Região) em 2018, que liderou na Câmara esse movimento a favor da Polícia Militar, concretizado após o aval do então coronel Antônio Valdir, do Comando do Policiamento do Interior-7 (CPI-7), sediado em Sorocaba.
“Sou eternamente grato por esse carinho que a sociedade ituana teve e tem com o nosso propósito”, diz o policial militar, que destaca o sentimento de pertencimento em relação à segurança obtido com seu trabalho na 1ª Cia.
Segundo Capitão Carlos, as ações de reforço da segurança foram bem sucedidas. “Muitos casos de sucesso. No [bairro Presidente] Médice estávamos tendo muitos casos de furto e roubo de residências, depois do Vizinhança Solidária ficou um ano e nove meses sem ter nada por lá”.
O comandante segue fazendo um balanço. “Nesse período por aqui tivemos o retorno do Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência), trouxemos a sociedade para dentro da Companhia com palestras, trouxemos o policiamento de bicicleta por meio de parceria com o SECOM, Sincomércio, Associação Comercial e empresários”.
Sobre os trabalhos executados, o comandante faz questão de agradecer ao efetivo. “Todos vestiram a camisa. Espero que quem assumir aqui continue esse legado ou até melhore”.
De acordo com o sistema da Polícia Militar, chegou o momento da promoção do Capitão Carlos, que agora será Major e com isso, ele deixará a função na 1º Cia. Ele ainda não sabe em qual cidade irá atuar. “Está nas mãos de Deus”, diz o policial.
Sobre a função de Major, o PM explica. “Se for do policiamento de cidade, tem a parte operacional e administrativa. Geralmente o que chega, o mais ‘recruta’, fica com a operacional e ao ficar antigo [na função], passa para o administrativo, que é o sub-comandante”.
Sobre um possível retorno à Itu, o policial comenta. “Pretendo voltar um dia, como Major ou até mesmo comandante, mas por enquanto ,onde estiver, irei me dedicar”, destaca.
“A minha vontade é voltar para continuar o que ainda precisa ser feito. Ajudar os policiais e a sociedade.A mensagem que deixo é de gratidão por toda a sociedade, os policiais, do mais moderno até o comandante, seja empresário, imprensa, ONG, Poder Judiciário. Não fosse eles, não chegaríamos a isso”, enaltece Capitão Carlos.
“Itu é uma das 20 cidades mais seguras do país e Salto é a segunda. Na área do Batalhão, temos duas entre as 20. E se estamos entre as 20, podemos ficar entre as 10. vamos lutar pra isso”, conclui.