Elaine do Posto carrega a bandeira da saúde e do funcionalismo público

Eleita para seu primeiro mandato com 1.186 votos, a vereadora é mais conhecida como Elaine do Posto (Foto: André Roedel)

Eleita para seu primeiro mandato com 1.186 votos, Elaine Cristina Vieira, mais conhecida como Elaine do Posto (PMB), quer lutar pela saúde da cidade. Aos 47 anos, essa ituana, mãe de dois filhos e moradora do bairro Vila Martins, na região do Pirapitingui, vai enfrentar o desafio de ser uma vereadora de “primeira viagem”. 

“O que me levou a ter o desejo de entrar para a política foi ver as necessidades da região em que moro e saber que eu posso fazer alguma coisa para ajudar. O que me faltava era só coragem”, comenta a vereadora eleita

Funcionária pública há 25 anos, Elaine atuava como recepcionista no posto de saúde do bairro em que mora. Se notabilizou no local por conta de seu atendimento prestativo (“eu sempre procurei fazer a diferença lá”, afirma), o que a fez se candidatar a vereadora pela primeira vez em 2020, obtendo expressivos 608. 

Não foi eleita, mas aceitou novamente o convite para concorrer no pleito deste ano. O convite do prefeito eleito Herculano Passos (Republicanos) rendeu a ela uma grande mudança: em abril, foi transferida do posto em que trabalhava há anos para o setor de almoxarifado da Secretaria Municipal da Saúde, a quilômetros de distância de sua casa. 

“Eu fiquei muito chateada, muito chocada, porque foi desnecessário isso que fizeram. Para um funcionário ser transferido de setor, ele tem que dar algum motivo. Eu não dei nenhum motivo, sempre fiz o meu trabalho. Eu vestia a camisa da Prefeitura”, afirma Elaine, que alega ter sofrido perseguição política por ter aceitado o convite de Herculano. Mas isso não a fez baixar a cabeça. Pelo contrário: deu mais força na campanha.

“Enfrentei com garra e com coragem e procurei ver o lado bom de tudo isso, porque me deu força para a campanha. As pessoas da região que eu moro, que conhecem o meu trabalho e gostavam do meu atendimento, reclamaram. Muita gente me parava na rua e falava, revoltadas com o que tinha acontecido”, recorda Elaine.

A campanha foi simples, apesar de ter tido mais recursos do que em 2020, e centralizada na região do Pirapitingui, de onde veio a maior parte dos votos. Mas Elaine, que é cristã, também contou com apoio na região central, especialmente de integrantes da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.

“Eu acredito muito em Deus. A minha comunicação com Deus é muito ativa, então eu sabia que se fosse da vontade Dele eu ia chegar lá”. Elaine, que confiava em seu potencial por conta do trabalho realizado, destaca ainda o apoio recebido do prefeito eleito. “O Herculano sempre foi uma pessoa que eu admirei muito, como funcionária pública eu tinha um apreço por ele por ter sido um prefeito sempre presente”, comenta, destacando o trabalho passado de Herculano. “O que ele fala, ele cumpre”.

Sobre o mandato, Elaine diz estar muito confiante. Tem procurado se inteirar mais sobre os processos da Câmara de Vereadores e afirma que, o que não sabe, vai procurar aprender. Ela já se reuniu com a maioria dos vereadores eleitos e tem tido conversas com Herculano, que tem a ajudado, esclarecendo dúvidas.

Elaine destaca o crescimento da participação feminina no Legislativo, com a eleição, pela primeira vez, de quatro vereadores. “Eu acho maravilhoso, porque a mulher tem muito a acrescentar. A gente tem mostrado isso de uma forma grandiosa, para o mundo. A mulher exerce papel fundamental na sociedade”, diz, que deseja a presença de ainda mais mulheres na política.

A principal bandeira da vereadora Elaine do Posto será a saúde. “Eu acredito que dá para melhorar, sim. Tem muito trabalho a ser feito, mas eu penso que cada coisa que a gente puder fazer para melhorar a vida de alguém, como uma consulta mais rápida, vale a pena”, afirma ela, que pretende atuar pelo social também, além de valorizar os funcionários públicos.

A vereadora eleita pretende alçar novos voos no futuro. “Eu pretendo seguir em frente. Eu falo que entrei para ficar. Eu quero alçar voo, sim. Eu só sairia ou desistiria [da política] se eu visse que eu não consegui fazer nada do que eu gostaria”, diz. “Se eu sentir que não consegui e não foi bom, aí sim eu saio. Mas geralmente, e eu me conheço, eu sou uma pessoa que quando eu entro, eu entro para fazer o meu melhor. E é isso que eu quero: fazer o meu melhor, aprender o que eu não sei e, quando aprender, aperfeiçoar mais e seguir para frente. Para trás, não”, finaliza.

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