Ituana ganha prêmio com estudo sobre o leite materno

Monyque Silva, a ituana Barbara Rodrigues, Marcela Gontijo e Paola Ferrari ganharam um dos prêmios com um estudo sobre as características do leite materno e sua relação com a saúde humana (Foto: Divulgação)

A 1ª edição do Prêmio Paulo Gontijo para Futuros Cientistas contemplou dois estudos realizados por alunos da ILUM – Escola de Ciência, concebida pelo CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais) e localizada em Campinas (SP).

Os projetos finalistas foram estudos sobre a “epidemiologia matemática da tuberculose no Brasil” e “análise dos fatores de virulência advindos de clusters gênicos biossintéticos da microbiota do leite humano e sua influência na saúde materna e neonatal”, cujo projetos receberam R$ 10 mil cada e foram avaliados por banca formada por cientistas do CNPEM e pesquisadores convidados.

O objetivo é estimular os estudantes no desenvolvimento de projetos inovadores sobre temas de relevância nacional e a buscarem novos conhecimentos científicos, mas também destacar o papel transformador da ciência para a sociedade, um dos pilares da formação da ILUM e do IPG (Instituto Paulo Gontijo).

O grupo composto pelas alunas Bárbara Rodrigues (que é ituana), Monyque Silva e Paola Ferrari ganhou um dos prêmios com um estudo sobre as características do leite materno e sua relação com a saúde humana. O sonho da maternidade e o fato de serem futuras cientistas motivou as amigas optarem pelo tema.

“Identificamos que são poucos estudos que tentam entender a composição bacteriana durante a produção do leite materno. O estudo também fez um paralelo a mulher de décadas atrás e os dias de hoje e também da relação entre a mãe e seu bebê nesse período e como o aleitamento materno era visto. Para isso projeto integrou biologia, computação e humanidades, o que foi incrível para a carreira que pretendo seguir. O trabalho final me deu confiança para trilhar uma trajetória científica independente e madura”, afirmou a ituana Bárbara, que pretende fazer pós-graduação em genética e biologia molecular com foco em cuidados com a saúde.

O outro projeto premiado, dos estudantes Vitor Barelli e Tiago Bigardi, aplicou conceitos da epidemiologia matemática para entender a incidência da tuberculose no Brasil. “A tuberculose é uma doença presente em todo mundo, e enfatizamos nossa pesquisa trabalhando variáveis socioeconômicas de IDH e densidade populacional e a efetividade do sistema público de saúde, desta forma o combate efetivo da tuberculose não deve apenas considerar fatores biológicos ou geográficos, mas incluir fatores sociais e econômicos, evidenciando a necessidade da união entre estudos matemáticos e sociais”, explica Barelli.

E esse ambiente de pesquisa de ponta foi determinante para consolidar a parceria entre a Ilum e o Instituto Paulo Gontijo. O instituto desenvolve programas e projetos de apoio científico com foco na melhoria da qualidade de vida de pessoas com doenças neuromusculares e, desde 2007, premia pesquisadores do Brasil e do mundo que estudam a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). Marcela Gontijo, presidente da entidade, afirma que o novo prêmio é um ato de gratidão e amor à ciência e a todos aqueles que dedicam seu tempo à construção e à compreensão do mundo em que vivemos.

“Nos unimos à Ilum e ao CNPEM inspirados pelo Sirius, a estrela mais brilhante que ilumina nossos futuros cientistas”, disse Gontijo. Durante a entrega do Prêmio Paulo Gontijo para Futuros Cientistas a presidente do IPG lembrou aos alunos premiados uma frase dita por seu pau, Paulo Gontijo; “a ciência é uma construção que não termina nunca, feliz daquele que pode colocar um tijolo neste edifício”.

Para o professor Adalberto Fazzio, diretor da Ilum, a parceria entre a Escola de Ciência e o IPG foi muito positiva. “Somos profundamente gratos ao Instituto Paulo Gontijo por essa colaboração tão valiosa. Estou certo de que nossos alunos estão trilhando um caminho promissor rumo a carreiras de destaque na Ciência”, destaca o professor.

O Instituto Paulo Gontijo é uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) que atua há 19 anos como referência em conhecimento e pesquisa científica nas áreas da ciência, com a missão de desenvolver programas e projetos de apoio científico e de humanização, disseminando informações para melhorar a qualidade de vida das pessoas com doenças neuromusculares, além de qualificar a rede de atendimento interdisciplinar e congregar investimentos para buscar a cura destas doenças.

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