Moradora de Itu participa do “Altas Horas” e fala sobre o enfrentamento da depressão
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No último sábado (1°) foi ao ar na Rede Globo o programa “Altas Horas”, do apresentador Serginho Groisman, que contou com a apresentação musical da banda Capital Inicial, Kiko Zambianchi e Vitor Kley. Entre as pessoas que estiveram no auditório da atração estava uma moradora de Itu, a assistente administrativo Mônica Cristina Corrêa, de 28 anos. Ela, que trabalha no Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (CEUNSP), acompanhou a gravação do programa com uma excursão dos alunos de Comunicação Social da instituição.
Durante suas apresentações no programa, Dinho Ouro Preto, vocalista do Capital Inicial, interagiu com Mônica, assim como Kiko Zambianchi. Na oportunidade, Mônica ainda deu um importante depoimento falando sobre a depressão e como as canções, tanto do Capital quanto de Kiko, foram e são importantes em seu processo de enfrentamento da depressão.
Ao Periscópio, Mônica comentou sobre a experiência. “Comecei a gostar de rock nacional com Legião Urbana, quando eu tinha 15 anos. Me tornei fã do Renato Russo e da Legião e fui pesquisar sua história e soube de toda a conexão que existe entre Legião Urbana e Capital Inicial. Fiquei super emocionada quando soube que o Capital Inicial estaria lá, mas nem imaginava o que estava prestes a acontecer”, relata.
“Quando já estávamos no estúdio, Dinho Ouro Preto entrou, eu gritei, acenei e ele olhou pra mim. Esse olhar já tinha feito valer a pena. Foi quando que, na primeira música, ele veio em minha direção e pegou na minha mão e novamente fiquei grata por tudo”, prossegue Mônica.
“No decorrer do programa veio o maior presente o qual poderia receber: Serginho Groisman veio falar comigo, nem sabia que minha amiga tinha falado com ele sobre eu tirar uma foto com o Dinho. A emoção foi enorme, mas eu nem imaginava que iria ter essa oportunidade. Pude falar sobre a música ‘Primeiros Erros’; composição de Kiko Zambianchi, que considero a música da minha vida, e pra finalizar recebi um abraço do Dinho”, recorda a assistente administrativo.
“Me senti tão honrada, pois nem imaginava que falaria com o Serginho Groisman, além de ter a oportunidade de compartilhar minha história, que o Dinho me notaria e viria até mim, que conseguiria uma foto com o Fê e o Flávio Lemos, e por fim, Kiko Zambianchi, no intervalo viria me falar que se lembrava de mim, de um show dele ocorrido em Itu”, destaca Mônica.
Depoimento
Sobre seu depoimento a respeito da depressão que foi ao ar, Mônica, que se prepara para cursar Direito, comenta. “Tem muito preconceito em volta da depressão e tem algumas pessoas que quando você fala em depressão parece que você está falando um palavrão e é uma coisa tão comum hoje em dia você falar que tem depressão, que tem algum tipo de transtorno e eu consegui expor isso, falar sobre em rede nacional”.
“Consegui falar sobre esse processo que eu enfrento e também consegui colocar a importância que às vezes a gente vê na música, em filmes, em séries, na arte. O que a arte faz, como colabora, como nos ajuda. Tem algumas músicas que vejo como elas me auxiliaram”, destaca.
Mônica explica que faz acompanhamento com psicólogo e psiquiatra. “Tem medicação, só que vejo como a arte ajuda. Essa música mesmo [Primeiros Erros] nunca vou me cansar de falar dela, porque ela mostra realmente que a gente sonha muito em voltar a ser o que era antes da depressão. Eu queria ser aquela Mônica de antes só que aquela Mônica de antes passou por muita coisa pra chegar nessa Mônica de hoje”, emociona-se.
Nas redes sociais, foram muitos os comentários a respeito da participação de Mônica na atração e relatos de pessoas que se sentiram estimuladas a falar sobre a depressão e destacaram a importância disso.
“Fico muito feliz por conseguir falar. A gente acaba dividindo a história e nem imagina que pode influenciar e mexer tanto com outras pessoas e isso acaba ajudando muito no meu processo mesmo. Eu olho pra trás e vejo tudo que já passei e me dá uma razão a mais para seguir lutando”, conclui.