Ituanos acompanharão de perto a Copa do Mundo de Clubes

Neste sábado (14), tem início no EUA a Copa do Mundo de Clubes da FIFA 2025. É a primeira edição no formato de 32 equipes. As agremiações estão divididas em oito grupos de quatro clubes cada, com os dois melhores de cada fase avançando às oitavas de final, iniciando o famoso “mata-mata” até a grande final, que está marcada para o dia 13 de julho.
Quatro clubes brasileiros representarão o país na competição (Palmeiras, Flamengo, Fluminense e Botafogo) e a reportagem do Periscópio conversou com José Amarildo Zaccharias Júnior, de 27 anos, morador de Itu. Palmeirense fanático, ele viajou aos EUA para acompanhar o Verdão.
Zaca, como é mais conhecido, viajou com um grupo de amigos palmeirenses que também moram em Itu. Ele fala da expectativa e como se deu a logística. “Planejei essa viagem desde o ano passado, quando saiu que o Palmeiras iria participar desse novo formato de Mundial de Clubes, que lembra muito o nosso primeiro mundial que foi lá em 1951, que fez com o que o Brasil voltasse a sorrir depois da Copa de 1950”.
Ele diz que já foi pesquisando o melhor preço de passagens e acomodações. “Nova York é uma cidade muito cara e o Palmeiras joga os dois primeiros jogos em Nova York. Eu estarei nesses dois primeiros jogos e de lá o Palmeiras vai para Miami e eu também me programei para ver esse jogo”, explica o palmeirense.
O ituano, que esteve no Mundial de 2021 (disputado em fevereiro de 2022), em Abu Dhabi, quando o Palmeiras perdeu a decisão para o Chelsea, fala sobre a ansiedade, que já bate. “Querendo ou não você está representando seu país frente ao mundo e lembrando que o Palmeiras é o único paulista.”
Para ele, é uma satisfação enorme poder participar disso. “Lógico que é preciso se programar e deixar todo mundo pra trás não é fácil, mas se tem um lugar que sempre quero ir é para acompanhar o Palmeiras. A Seleção Brasileira não faço tanta questão, embora eu torça bastante”, reforça o ituano.
Zacarias tem muitos amigos que viajam quando possível. Alguns optaram por ir somente para Miami. “Dando tudo certo ou vou permanecendo para as fases seguintes e daí depois, se Deus quiser, a gente retorna com esse segundo caneco”, comenta o palmeirense, que já responde sobre a polêmica envolvendo a Copa Rio de 1951.
“O palmeirense é muito tranquilo quanto a isso, são mais os rivais que ficam zoando a gente. O palmeirense é muito bem resolvido quanto a isso. Está na história. Foi um mundial jogado, basta procurar os registros da época. Foi o mundial que fez o Brasil todo sorrir lá atrás depois de ter perdido a Copa para o Uruguai. Essa zoação a mim não faz tanta diferença. O importante é nós sabermos que nós temos, está na história e ponto final. Deixa os outros zombarem. Quanto mais falarem da gente, melhor”.
Zaca aproveita ainda para destacar que levou aos EUA uma faixa para representar a cidade de Itu na competição. “A expectativa é das melhores possíveis. Em Miami vamos enfrentar o Messi e o Suarez. É uma oportunidade gigantesca para o Palmeiras aparecer para o mundo, para os jogadores se valorizarem e para o mundo conhecer a torcida do Palmeiras que estará em peso lá”, finaliza.
Torcida pelos demais representantes
O JP conversou também com torcedores que moram ou atuam profissionalmente em Itu, que torcem para os demais clubes brasileiros envolvidos na Copa do Mundo e que embora não irão acompanhar seus times do coração de perto, não deixarão de torcer.

Flamenguista, Fabrício Afonso de Souza, de 43 anos, comenta que sua expectativa está dividida. “O lado emocional acredita que com muita raça, jogo sério e forte, existe alguma possibilidade de sermos campeões. O lado racional entende que o fato de disputar essa grande competição já é uma vitória. Vencê-la? Um sonho, uma missão que beira o impossível, se considerarmos a grande diferença tática e técnica entre os postulantes europeus e os demais. Como sonhar não custa nada, fico com a primeira opção. Que o lado emocional prevaleça.”

Torcedor do Fluminense, Erivan Gomes, de 50 anos, diz que torcer pelo Flu será como torcer pela Seleção Brasileira. “Acho este novo modelo de campeonato mundial muito legal. Vai ser muito bom ver todos os brasileiros torcendo para os quatros clubes que representa, o Brasil neste mundial como se estivessem torcendo para a Seleção. Para mim, vai ser super satisfatório ver o Fluminense representar o Brasil, haja emoção vou tentar assistir todos os jogos porque é inédito para todos os brasileiros.”

Wagner Sasso, de 71 anos, é torcedor do Botafogo e lamenta a ausência de outras equipes. “Pena que Arsenal e Barcelona, hoje, entre as quatro principais forças da Europa, estejam fora. De qualquer forma, para quem, como nós, gosta de futebol, a Copa do Mundo de Clubes é um ‘prato cheio’. Como bom botafoguense, estarei de olho no Glorioso. Ainda que tenha perdido Almada e Luís Henrique, o Fogão está com um bom time. Savarino, Igor Jesus e Artur são bons atacantes e o treinador Renato Paiva, que tem bons defensores e meio-campistas, ainda contará com reforços como Álvaro Montoro, Santiago Rodriguez e Artur Cabral, todos bons jogadores. O Botafogo é tido como ‘azarão’ num grupo que conta com PSG e Atlético de Madrid. Mas creio que assim como os demais clubes brasileiros, o Fogão tem lá suas chances, muito em função do calendário europeu, diferente do nosso. Eles estão em férias, por assim dizer, e não estarão no melhor de sua forma física. Os brasileiros estão no meio da temporada. Sem dúvida algo a ser levado em conta. O Botafogo tem um jogo teoricamente mais fácil na abertura. Enfrenta o Seattle Sounders, com a obrigação de vencer para depois brigar por uma vaga com os favoritos. Será muito legal ver a ‘estrela solitária’ brilhar nesse nível de competição. Como todos sabem, ‘para o bem e para o mal, tem coisas que só acontecem com o Botafogo’. Dá-lhe Fogo! O topo é o nosso lugar!”