Pronto Atendimento do Rancho Grande fez 1.291 atendimentos em cinco dias
O Pronto Atendimento Municipal (PAM), localizado em imóvel na Avenida Francisco Ernesto Fávero, s/nº, no bairro Rancho Grande, iniciou as atividades às 19h do último dia 18 de março, antecipando a abertura do serviço à população que, segundo decisão judicial, deveria ser transferido das dependências do Hospital São Camilo para novo endereço a zero hora do dia 19 de março.
No período compreendido entre às 19h do dia 18 de março até às 15h do dia 23 de março foram registrados 1291 atendimentos, sendo 891 adultos e 400 infantis. Os casos de emergência, ou seja, que apresentam risco de morte ou de lesão irreversível no paciente, que chegaram ao PAM foram encaminhados para o Pronto Socorro do Hospital São Camilo, que continua em pleno funcionamento.
O PAM, instalado em imóvel no Rancho Grande, funciona 24 horas por dia e dispõe de quatro consultórios médicos, salas de recepção, enfermagem, inalação, procedimentos, medicação, observação, emergência/estabilização, farmácia, laboratório, conforto médico, copa, sanitários e estacionamento gratuito.
Com essa alteração de endereço do PAM, o “Periscópio” se dirigiu até a unidade médica, situada na avenida Francisco Ernesto Fávero, na tarde da última quarta-feira (23), para ouvir a opinião da população a respeito da medida. Das pessoas ouvidas, há uma divergência, no que diz respeito à qualidade de atendimento. Se parte da população acredita que a mudança de endereço não fez diferença e o atendimento continuo satisfatório, para outras a situação se mantém deficiente.
Elogios e reclamações
A primeira família a utilizar o PAM do Rancho Grande foi a de Fernanda Priscila da Silva Souza, minutos após o serviço ser aberto à população, na noite da última sexta-feira (18). Fernanda, que levou o enteado para consulta médica, aprovou a separação do Pronto Atendimento (urgência) do Pronto Socorro (emergência).
Jaqueline de Sousa Vilas Boas, que era usuária do serviço de Pronto Atendimento prestado nas dependências do Hospital São Camilo, passou por atendimento no serviço situado no Rancho Grande no último domingo (20). Ela afirmou que a médica que a atendeu foi muito atenciosa e também classificou o atendimento prestado no local como “maravilhoso e muito rápido”. Jaqueline elogiou ainda o espaço e a divisão do mesmo.
Na mesma data, Jacir Martim Garcia Gasques levou a mãe para ser atendida no PAM do Rancho Grande e afirmou que foram atendidas menos de dois minutos após chegarem ao local. Falou que o médico foi muito atencioso e definiu o espaço como excelente, destacando ainda que é arejado, grande e limpo. “Achei que está de parabéns”.
Célia Regina Nunes dos Santos procurou pelo serviço após a filha apresentar quadro de febre, dor e vômito.
Comentou que as equipes médica e de enfermagem eram muito carinhosas e que, na sala de observação, por diversas vezes, os profissionais verificaram a evolução do quadro clínico de sua filha. Ressaltou que o novo espaço tem ventilação, é limpo e bastante confortável.
Filha da aposentada, a artesã Ivana Abrão, também enaltece o atendimento e reforça que as pessoas que promovem críticas quanto ao atendimento e a qualidade da saúde municipal, não promovem uma análise sobre outros locais e às vezes sem ter necessitado dos serviços, agindo com preconceito. “Em outras cidades a saúde é precária. Muitas aqui criticam, mas às vezes nem sabem como funciona. Para minha família o atendimento está muito bom, de qualidade e o tempo das consultas e medicações estão satisfatórias”.
Serviço de qualidade, contando com profissionais atenciosos é o que diz a dona de casa Néia Baptista Franco, 63 sobre o ‘novo’ Pronto Atendimento. “Só tenho elogios a fazer. Os médicos e enfermeiras são muito atenciosos, tratam a pessoa com muito cuidado e sabem o que fazem. Você vem com febre, com dor de cabeça, ou algum outro problema, é atendido e medicado de forma rápida. Só tenho a agradecer”.
Para a aposentada Maria Amélia de Andrade Abrão, 76, a mudança não alterou a qualidade do atendimento e que por indicação de sua filha, ela veio de outro estado, apenas para ser atendida em Itu. “Minha filha mora aqui em Itu e sempre me falou muito bem sobre a saúde por aqui. Lá na cidade que eu moro, chamada Santa Rita de Cássia, em Minas Gerais, tudo é cobrado. Desde um copo de água até um exame. Aqui somos bem atendidos e de forma gratuito. Para mim foi muito bom”, explica a idosa que recebeu uma medicação para conter dores na coluna.
Porém não são apenas elogios tecidos a respeito do novo local em que o PAM vem funcionando. Se as consultas foram rápidas na opinião das acima entrevistadas, para o mecânico Fábio Júlio, 26, a situação enfrentada tem sido outra, segundo o mesmo. “Estou com caxumba, já me dirigi para cá em outras oportunidades. Foram pedidos novos exames e agora estou no aguardo dos resultados. As medicações passadas são boas, funcionam, mas há muita demora nas consultas e para a realização de exames”, explica.
Líder de loja, Keytlen Herculano, 25, alega descaso quanto ao tratamento para com a população. “É inadmissível um espaço de saúde receber as pessoas enquanto são feitos reparos no local. Isso sem falar em mosquitos que se encontram por aqui e não sabemos se é o Aedes aegypti ou algum outro. Isso sem falar na falta de preparo dos profissionais. Demoram para fazer exames e quando realizam não dão o cuidado e a atenção que certos casos exigem”, comenta.