Indicado para prevenir o H1N1, álcool em gel já está em falta em Itu
Item de higiene dificulta a transmissão da doença. Frasco de 440 gramas chega a custar R$ 17 no comércio de Itu
Lucas Gandia
Apesar de Itu não ter registrado nenhum caso de H1N1 neste ano, a população decidiu se prevenir contra a doença. Nas farmácias, a preocupação se reflete no aumento da procura pelo álcool em gel.
O produto, recomendado como medida de higiene para conter a transmissão do vírus responsável pela enfermidade, já está escasso no comércio de Itu. Em uma farmácia localizada no Jardim São José, o item está em falta no estoque.
“Os frascos que chegam não duram dois dias na loja. Acho que, se mandassem um caminhão carregado, venderia tudo”, brinca o farmacêutico Carlos Alberto Sampaio. “Na falta do gel, muitas pessoas começaram a procurar também o álcool líquido 70%, que possui uso hospitalar. Mas também já não temos mais para vender”.
Segundo Gabriela Ferreira Herter, farmacêutica que trabalha no Centro, a demanda pelo produto ainda era baixa até poucas semanas atrás. Atualmente, é difícil encontrá-lo nas prateleiras. “Na maioria das vezes, saía mais para mulheres com neném ou crianças pequenas”, observa. “Agora os clientes querem comprar frascos maiores para dividir o conteúdo em várias embalagens menores – e aí deixar na bolsa, em casa e no carro, por exemplo”.
Preço alto
Em uma drogaria da Vila Nova, o álcool em gel já sumiu das prateleiras há mais de uma semana. “Nós solicitamos ao centro de distribuição, mas não vem. Eles alegam que os fornecedores não fazem a reposição do produto”, conta uma farmacêutica que preferiu não identificar.
Com o aumento da procura, o preço álcool em gel subiu nas últimas semanas. De acordo com levantamento realizado pelo “Periscópio”, hoje, um frasco de 290 gramas varia de R$ 13 a R$ 17 nas farmácias da cidade. Antes do surto da doença, por esse mesmo valor era possível comprar um frasco de 440 gramas.