Marcha da maconha conta com pouco público e diálogo
Por: Sarah Vasconcellos
Baixo foi o número de participantes da Marcha da Maconha, organizada pela primeira vez em Itu, na tarde do último sábado (14), na Praça Padre Miguel (Largo da Matriz). Segundo a organização, em diferentes momentos, o evento chegou a ter até 50 pessoas.
Segundo Sergio Christo, participante do evento, “muita gente andou pensando que a Marcha era bagunça, que o povo ia lá pra fumar maconha, então muita gente não foi. Muita gente pensou que fosse impossível levantar uma pauta dessas em Itu, cidade tida como ‘ultra conservadora’ então preferiu não ir”, disse à reportagem presente ao evento.
Os presentes fizeram rodas de debates sobre a criminalização e a legalização da maconha. “Queremos uma legalização que não crie novos traficantes. Queremos um acesso total às pesquisas e ao uso da cannabis medicinal, afinal, maconha não leva a outras drogas, pelo contrário! Muitos usuários de crack e cocaína conseguem largar esses vícios com o auxílio do uso medicinal da maconha, além do Cannabidiol (CBD) que já é comprovadamente anti-tumoral (evita câncer). Uma planta que a raça humana usa há milênios não poderia nos fazer mal”, explica Christo.
Outra pauta do encontro foi o combate às drogas, “uma guerra que só serve pra matar gente pobre, e todo semana ouvimos falar de alguém que foi morto em Itu, sempre ‘traficantes morrem’ mas o uso aumenta, o tráfico aumenta, a sensação de insegurança aumenta, a polícia pede que aumentem seus armamentos, e nisso vivemos uma guerra sem fim”, complementa o participante.