Presença de ambulantes gera reclamações de comerciantes no Mercado Municipal
Lojistas dizem que problema se tornou crônico e que não há fiscalização rígida no local
Daniel Nápoli
Há anos, comerciantes do Mercado Municipal bem como de suas proximidades, convivem com a presença de ambulantes que, sem alvará, vendem seus produtos gerando concorrência e muitas vezes causando prejuízo aos lojistas. Nesta semana, um grupo de comerciantes do “Mercadão” procurou o JP para relatar o problema que, segundo eles, se tornou crônico naquela região.
“Não sei nem precisar desde que ano isso ocorre aqui no Mercado. Muitos dos ambulantes vêm de outras cidades e praticamente bloqueiam a entrada de nossas lojas para fazerem suas vendas. Isso é bem complicado”, relatam os comerciantes.
Possuindo uma loja, há mais de 20 anos no Mercado Municipal, outro comerciante, que prefere o anonimato por temer represálias, explica as dificuldades de convívio. “Cada um vende o seu, mas é uma concorrência desleal. Temos prejuízo, pois eles não possuem autorização e comercializam seus produtos por um preço abaixo do mercado”.
Outro aspecto destacado pelos lojistas é a falta de rigor na fiscalização. “Cansamos de reclamar. Os fiscais vêm até aqui, mas os ambulantes se escondem e, mesmo após serem autuados ou de terem fugido de uma abordagem, eles voltam minutos depois dos fiscais terem ido embora. É uma falta de respeito grande. O pior que temos até medo de reclamar, pois eles sempre voltam e vai saber o que podem fazer contrariados. Infelizmente pensamos que o prejuízo financeiro é o de menos. Só queríamos que houvesse uma organização”, conclui.
Prefeitura
A reportagem do “Periscópio” questionou a Prefeitura de Itu sobre a questão. Em resposta, o Executivo ituano informou que “os agentes do Departamento de Posturas da Secretaria Municipal de Economia e Finanças agem frequentemente no local e em casos de necessidade, as ações contam com o apoio da Guarda Civil Municipal.O órgão diz ainda que planeja uma operação para inibir a reincidência dos ambulantes no local”.