Itu deixa de arrecadar até R$ 2,4 milhões/ano devido às feiras ilegais

Estimativas da FecomercioSP apontam que feiras itinerantes chegam a movimentar R$ 1,7 milhão por dia em Itu; com isso, mais de 200 empregos deixam de ser gerados

  Em expansão no cenário regional, as chamadas feiras itinerantes atraem a atenção dos consumidores pelos preços competitivos. Entretanto, segundo levantamento realizado pela FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), essas feiras são responsáveis pela perda de arrecadação de R$ 800 mil a R$ 2,4 milhões por ano no município.

Os valores tomam por base um movimento anual de R$ 20 milhões a R$ 60 milhões nessas feiras e considerando uma alíquota média de 4%, a primeira faixa do Simples Nacional. A Federação também ressalta que o comércio informal afeta, ainda, o mercado de trabalho da região. O órgão estima que, se o valor que circula nas feiras itinerantes se convertesse em faturamento para o comércio legal, de 78 a 236 postos de trabalho formal poderiam ser criados no município de Itu no varejo dos setores de vestuário, tecidos, calçados, eletrodomésticos, eletrônicos, lojas de departamento, móveis e artigos de decoração.

A FecomercioSP pondera que os empresários locais não são os únicos prejudicados pelas feiras ilegais, uma vez que, nestes locais, os consumidores acabam adquirindo produtos de baixa qualidade e procedência duvidosa, sem qualquer garantia. “A população como um todo também acaba prejudicada, uma vez que as feiras não geram empregos na cidade e reduzem a arrecadação tributária, prejudicando assim o desenvolvimento local e a execução de políticas públicas”, reforça a diretoria da federação.

Mais problemas

No município de Itu, segundo estimativas da FecomercioSP, as feiras itinerantes chegam a movimentar cerca de R$ 1,7 milhão por dia de funcionamento – o equivalente ao faturamento de um dia do comércio formal dos setores de vestuário, tecidos, calçados, eletrodomésticos, eletrônicos, lojas de departamento, móveis e artigos de decoração. Se essas feiras funcionarem uma vez por mês, ao longo de um ano todo, o faturamento delas pode chegar a R$ 20 milhões – ou 3,3% do faturamento do comércio formal nos setores mais afetados pelas feiras. Já se elas ocorrerem três vezes por mês, ao longo de um ano todo, o faturamento pode chegar a R$ 60 milhões – ou 10% do faturamento do comércio formal nos setores mais afetados pelas feiras.