Tribuna do Leitor – 09-07-16
GENTE! E MUITO… GENTE!
Nascemos para a vida! Vivemos a Vida! Morremos para renascer.
Em outra vida!
Valdir Dionísio cumpriu o seu tempo. Assim como ensina o profeta Isaías.
E partiu embalado na Fé que sempre professou.
Deixou marcas de sua passagem. Sinais de sua caminhada terrena!
Ao seu modo construiu sua história!
Uma história repleta de páginas escritas com a força do seu jeito de ser!
Outros, por certo, farão o registro de sua biografia com a destreza própria e adequada do traço jornalístico.
Ao qual ele serviu com esmero e devoção profissional.
De minha parte, me ocuparei em descrever, em modesta síntese, pedaços de sua humana trajetória!
E, desde logo, é justo dizer, que o Déo era uma pessoa do bem!
De forma anônima, ajudava os que o procuravam; sem alarde, sem discursos, sem exibicionismos. O seu jeito discreto escondia a personalidade amável, o amigo generoso, a alma serviçal.
Uma pequena e respeitosa multidão, no crepúsculo de uma sexta-feira invernal, lhe prestou derradeira homenagem no silêncio da inexorável despedida. E, a cada passo, na peregrinação até ao campo santo, ouvia-se o relato de pequenos testemunhos de gratidão ao amigo, pelos tantos gestos, múltiplas ações e incontáveis feitos por ele prodigalizados em benefício de tanta gente!
Assim era o Dionísio! Informal… Sobretudo!
Pediu-me, em sigilo, seu colega de farda, o Tenente Diniz, que eu redigisse um texto em memória do nosso Déo. Espero que me perdoe (meu caro), se não fui capaz de fazê-lo com a precisão devida!
Não seria tarefa fácil retratar em plenitude a dimensão do personagem que se mudou para outra galáxia.
Explica-se: Dionísio foi, antes de tudo, gente! Muito… Gente!
Lázaro Piunti
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HOMENAGEM
Quero expressar o meu pesar pelo falecimento do Sr. Valdir Dionísio.
Além dos destaques mencionados na edição 6099 deste conceituado meio de comunicação, quero registrar a sua genuína religiosidade, a parceria com todas as paróquias ituanas e seu amor zeloso pela Igreja.
Um homem de fé!
Em gratidão por tudo que ele fez na comunidade ituana, neste final de semana fiz memória de sua presença em todas as missas no bairro São Luiz, Jardim Aeroporto, Parque América e Campos de Santo Antonio.
Que ele tenha a recompensa dos justos. E no abraço misericordioso de Deus possa acompanhar os empreendimentos do Jornal Periscópio.
Com estima e minha Benção + sacerdotal, neste momento de luto.
Padre Fernando Augusto Meira – Pároco
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LUTO
É com muita tristeza que todos os condôminos do Edifício Costa do Sol e o Sr. Wanderley (síndico) desejam os pêsames para toda a família do nosso amigo Valdir Dionísio.
A morte, esse desfecho que aguarda a vida de todos nós, é uma certeza e uma sentença que a maioria se esforça por ignorar, e que talvez por isso atinge tão violentamente os corações desprevenidos quando ela lhes rouba o seu primeiro ente querido. Mas na verdade, quem conseguirá de fato preparar-se para tão terrível perda? Dito isto, sei que toda a sua família está passando por um destes momentos, e que na sua casa paira uma nuvem carregada de dor, agora que o seu amigo faleceu. Os meus pêsames para todos vocês!
É um momento terrível de sofrimento, pois foi dito o último adeus a uma pessoa que todos estimavam muito, mas devem ser fortes e confiar nos desígnios divinos. Para os que ficam a vida continua, e quem partiu gostaria certamente de ver os seus amigos e familiares seguirem as suas vidas, honrando quem já não está entre eles com a memória de tempos idos. Muita coragem para todos e saibam que o meu pensamento e os meus sentimentos estão com todos vocês nesta hora difícil.
Atenciosamente,
Néia Caíres – Hamasul – Administração de Condomínios
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INESTIMÁVEL AMIGO
A SACI – Sociedade Amigos da Cidade de Itu –, por intermédio de seu presidente Getúlio Elias Schanoski e demais associados, vem expressar seus sentimentos pelo passamento do nosso inestimável amigo Valdir Dionísio, no dia 1° de julho.
Muitos amigos saberão dizer, além de nós, o que todos perderam com a sua partida.
Não vamos mais vê-lo na recepção do Jornal Periscópio, com seu sorriso franco e alegre, querendo saber das últimas novidades, dando vazão ao seu experiente olho mágico do jornalista e dando alegria aos seus leitores.
Perdemos um grande homem, um mestre de jornalismo, que sempre colaborou para que a cidade crescesse, participando de entidades e da vida dos ituanos.
Itu acordou numa manhã fria de sexta-feira mais triste e de luto. Um dos nossos alicerces nos deixou.
Descanse em paz, amigo Valdir Dionísio!
Getúlio Schanoski – presidente da SACI
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SARGENTO BRINCALHÃO
Assim era Valdir Dionísio. Déo para os mais chegados. Aprontar com os amigos era com ele mesmo na mais deslavada cara de pau, numa boa. Todo mundo que teve o privilégio de conviver – como eu tive desde moleque – com o sargento Dionísio sempre vai ter uma boa história para contar de suas folganças, sem maldades.
Corintiano roxo, o futebol foi uma de suas muitas paixões principalmente o de salão, hoje futsal, numa época em que a bola ainda era pesada, as regras eram outras e o jogo nem tão rápido como é atualmente. Nessa modalidade esportiva revelou grandes talentos e fez inúmeros amigos também junto às equipes adversárias.
No futebol de campo ainda foi técnico de algumas equipes e atuou como árbitro num tempo em que realmente havia craques, na acepção da palavra, pois sabiam tratar com todo carinho que a bola merecia, no campeonato amador de Itu.
Quero confessar que se estou na imprensa de Itu hoje, fincado até o pescoço, Déo foi o “culpado”, pois foi ele que me trouxe para trabalhar neste periódico quando ainda eu era garoto, em meados da década de 70, depois de ter trabalhado ao seu lado no departamento de Relações Públicas do Quartel de Itu – Regimento Deodoro -, como soldado. Dá saudade lembrar!
Mesmo naquele ambiente rígido e hierarquizado do Exército, Déo não se intimidava. Nem ali deixava de aprontar as suas com os colegas de caserna, lembram alguns ex- militares e muitos soldados que fizeram o serviço militar naquela época. Tinha que ficar esperto mesmo com o espirituoso e bem humorado sargento brincalhão pra não dançar com suas tiradas de mestre, como sempre.
Déo não parava nunca. Teve vida intensa e ativa. Procurava de alguma maneira se ligar com a sociedade, com as pessoas por meio de atividades no campo esportivo, religioso, social e inclusive na imprensa. Participou de carnaval de rua e de salão; promoveu desfiles de modas; concursos de danças, miss e até dublagens; realizou torneios esportivos e muitos outros eventos que muita gente guarda na lembrança até hoje. Em meio a isso tudo procurou fazer bons amigos.
Acredito que todos aqueles que compartilharam de seu saudável e divertido convívio, com sua mudança de endereço para o cemitério da Avenida da Saudade, bem poucas brincadeiras terão as mesmas graças como aquelas que eram feitas por esse sargento brincalhão que aprendemos admirar e a querer bem.
Nem é preciso dizer que ao seu lado demos boas gargalhadas e aprendemos muito na vida como se aprende com um irmão mais velho. Quando errávamos, nos corrigia de forma disciplinar com a maior categoria. Dava a maior dura com classe e estilo, tanto que nem dava para guardar um pingo de mágoa. Entre outras virtudes que possuía era dotado ainda desse peculiar predicado. Esse era o grande Déo que nos deixou.
Seria tão bom que essa sua saída de cena, ocorrida na semana passada, fosse mais uma das muitas hilárias brincadeiras que tão bem soube fazer durante a vida inteira.
Descanse em paz, Déo!
João José ”Tucano” da Silva