“Pokémon Go” vira febre entre os ituanos

Lançado na tarde da última quarta-feira (3), jogo para smartphones já conta com diversos usuários na cidade. Locais como o shopping e praças viraram ponto de parada para os jogadores

pokemongo

André Roedel

Quarta-feira, dia 3 de agosto. Às 19h, um jovem sai correndo pela Rua Thomaz Simon com seu smartphone na mão em direção à Avenida Galileu Bicudo. Ele jogava “Pokémon Go”, jogo lançado poucas horas antes no Brasil, e estava em busca de algum dos monstrinhos virtuais espalhados pela cidade. Casos como esse só tendem a aumentar, pois o número de ituanos aderindo ao game cresce a cada hora.

Tanto na Play Store quanto na App Store (lojas de aplicativos para dispositivos Android e iOS, respectivamente) o jogo é o mais baixado. Para os usuários, um dos motivos para o sucesso é a nostalgia. Mas esse não é o único. “Acho que tanto pra quem curtia Pokémon na época em que era febre tanto pra quem não vivenciou essa época, a experiência de jogo é muito boa”, comenta o desenvolvedor David Ohio.

A possibilidade de interação com outras pessoas também é um dos motivos de sucesso do jogo. “Uma coisa que acho incrível é a existência de grupos no WhatsApp e no Facebook, por exemplo. Eu nem conheço a maioria dessas pessoas e estamos trocando informações sobre pokémon. E eu vi relatos de pessoas com problemas como depressão que estão saindo por aí estimuladas pelo jogo, e isso é muito legal”, prossegue Ohio.

E a nova “pokemania” – que já ocorreu no começo dos anos 2000, quando o desenho japonês era exibido na Rede Record e o jogo para Game Boy, vídeo-game portátil da Nintendo, fazia sucesso entre a molecada – pode ser comprovada dando uma rápida volta pelo Centro da cidade: diversos grupos de pessoas (a maioria jovens estudantes) ‘caçam’ pokémon e conversam sobre o jogo a todo o momento.

Como jogar
Para jogar “Pokémon Go”, basta baixar gratuitamente o jogo em um celular compatível, fazer login com uma conta do Google e criar seu perfil. A partir daí, você poderá pegar seu pokémon inicial e sair em uma jornada para caçar outros, através de realidade aumentada. No caminho, existem pontos conhecidos como “pokestops” (pontos de parada para adquirir mais itens) e os “ginásios” (locais para os duelos entre os monstrinhos).

Esses pontos usam como referência locais que existem realmente, como igrejas, museus e pontos turísticos. Aqui em Itu, a Fábrica São Luiz, o Museu da Energia e o Plaza Shopping Itu, entre outros, são “ginásios”. “O centro da cidade tem vários ‘pokestops’, o shopping tem tirado proveito da febre e isso é interessante. Gostei de passear pelo shopping e ver pessoas de todas as idades jogando”, comentou o publicitário Pedro Teixeira.

E, além da diversão, o jogo promove bons hábitos. Isso porque, para capturar pokémon, o jogador precisa caminhar pela cidade em busca deles. “Pra mim, além da diversão, está servindo para diminuir o sedentarismo. Graças ao jogo, já caminhei quase 6 km em dois dias”, declarou a jornalista Leivanira Prieto. “O jogo me deu um incentivo nas caminhadas que eu faço para cuidar da saúde”, comentou o empresário Darci Belon Neto.

Cuidados
Porém, como tudo na vida, é preciso tomar certos cuidados ao jogar “Pokémon Go”. Existem relatos em diversas cidades de que usuários tiveram seus aparelhos de celular roubados enquanto jogavam distraidamente. Também existem alguns registros de atropelamentos de pessoas que não prestaram atenção ao atravessar a rua por estarem prestando mais atenção no joguinho.