Cegonhas – A História que não te Contaram

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Por André Roedel

O ano de 2016 tem sido bom para as animações. Desde que comecei a escrever neste espaço, foram lançados divertidos filmes como Procurando Dory e Pets – A Vida Secreta dos Bichos, além do emocionante O Bom Gigante Amigo, que não é bem uma animação, mas tem muitos recursos do gênero. Isso sem contar o excelente Zootopia, que estreou ainda no primeiro semestre e é uma das maiores bilheterias recentes.

Por tudo isso, não era de se espantar que até as animações menos badaladas, como é o caso de Cegonhas – A História que não te Contaram, superassem as expectativas e se revelassem um competente entretenimento. Produzido pela Warner Animation Group, que trouxe ao mundo o divertidíssimo Uma Aventura LEGO, o lançamento da última semana surpreende por saber rir de si próprio.

Cegonhas mostra uma situação totalmente absurda – até mais do que as que estamos acostumados a ver em filmes do tipo – e não tem medo de tirar sarro de seus próprios exageros. A premissa é a seguinte: as cegonhas abandonaram o “negócio” de entrega de bebês e passaram a entregar celulares e outros produtos, como uma Amazon da vida. Porém, quando uma cegonha está prestes a se tornar nova líder da empresa, o inesperado acontece e todos os bichos acabam parando em uma aventura surreal que envolve uma alcateia e um pombo esquisitão.

Junior é a cegonha que assumirá o posto de chefe. Como seu primeiro ato, ele deve demitir a desastrada Tulipa, uma garota remanescente dos tempos em que as cegonhas entregavam bebês. Os personagens são dublados na versão nacional pelo ator global Klebber Toledo e pela atriz e dubladora Tess Amorim. O trabalho dos dois ficou ótimo. Também destaco a participação do humorista Marco Luque (ex-CQC), que empresta a voz ao divertido pombo Luke.

Cegonhas joga piadas e situações absurdas a cada minuto na telona, fazendo o espectador rir bastante – principalmente na cena em que os lobos se juntam para formar uma “ponte de lobos” e até um “barco de lobos”. Hilária! Mas nem só de momentos engraçados vive o filme: existem partes mais emotivas, principalmente as protagonizadas pelo garotinho Nando, que quer ter um irmãozinho e acaba pedindo um para as cegonhas, e também no final da animação.

O filme ainda consolida a divisão de animação da Warner como uma das melhores da atualidade, seguindo um caminho que mescla qualidades da Disney/Pixar e da DreamWorks, que são os grandes expoentes desse mercado. Resumindo, vale o ingresso se você quer dar boas e descompromissadas risadas.