Moana – Um Mar de Aventuras
Por André Roedel
Um filme sobre descobertas. Assim é “Moana – Um Mar de Aventuras”, nova animação da Disney. A personagem central, Moana de Motunui (uma ilha ao sul do oceano Pacífico), é uma adolescente filha do chefe de sua tribo, mas que se descobre a grande escolhida para salvar seus governados de uma terrível praga. E toda a trama toma como base esse sentimento da jovem em se descobrir mais do que é.
Então, ao longo das quase duas horas do filme, Moana se descobre, arrisca e percebe que é muito mais que uma “princesa”. Aliás, algo que vem sendo pegada constante em diversos filmes – e a Disney não quer ficar de fora, como já provou em “Frozen – Uma Aventura Congelante”. Moana é firme, forte e não precisa de um príncipe para salvá-la. Ela mete a cara e deixa Maui, o grande herói transmorfo designado para ajudá-la em sua missão, em segundo plano.
Como em todo filme da Disney, a música se faz presente. E é praticamente uma personagem na trama, que é recheada de aventura e momentos divertidos. Muitos deles protagonizados pelo galo Hei Hei, descrito como “o personagem mais idiota na história da Disney” por Ron Clements, que dirige o longa junto com John Musker – os mesmos diretores de “A Pequena Sereia”.
Sendo um filme de descobertas, “Moana – Um Mar de Aventuras” faz o espectador descobrir coisas também. Primeiro ele descobre uma cultura que não está habituado, que é a cultura do povo do Pacífico Sul. Só pra se ter uma ideia, Maui é inspirado em um dos mais importantes personagens da mitologia dos povos da Polinésia. O espectador também descobre – ou redescobre – a importância dos conselhos dos mais velhos (simbolizados pela avó de Moana, Tala) e também o valor de ser aquilo que verdadeiramente é.
“Moana – Um Mar de Aventuras” é aquele típico filme lançado no período de férias escolares para agradar as crianças, mas que certamente vai agradar toda a família. Vale o ingresso.
Nota: 8,5/10