xXx: Reativado

Por André Roedel

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Horrivelmente divertido. Essa foi a melhor forma que eu encontrei para descrever xXx: Reativado, terceiro filme da franquia que parecia esquecida. O longa-metragem traz de volta o protagonista do xXx original, de 2002, Vin Diesel. E ele parece estar bem à vontade no papel do agente Xander Cage.

O filme é recheado de clichês comuns nesse tipo de produção. Por isso espere por muito tiro, porrada e bomba (e vários decotes e shortinhos curtos, “compensados” com duas personagens femininas fortes). O roteiro também não é nenhum primor. Cage é forçado a sair de sua aposentadoria para impedir que uma arma chamada “Caixa de Pandora” caia em mãos erradas. Então ele recruta uma equipe especial e parte pra briga.

Apesar de tudo o filme é honesto, pois sabe que não é bom – e nunca teve pretensão de ser. O objetivo de xXx: Reativado é entregar uma ação desenfreada que não tenha vergonha de soar ridícula em alguns momentos. E isso é alcançado perfeitamente. Ponto para o diretor D.J. Caruso, que soube trabalhar nesse espírito de rir de si mesmo.

Além de Diesel, o filme tem em seu elenco de apoio atores carismáticos demais, como Samuel L. Jackson (que basicamente interpreta o mesmo personagem de Os Vingadores, Nick Fury), Nina Dobrev, Ruby Rose, Donnie Yen, Rory McCann e Ice Cube – este último, protagonista do segundo filme da franquia, volta para uma rápida participação. E não posso deixar de falar de Neymar Jr, que interpreta ele mesmo de forma breve.

Sai da sessão de xXx: Reativado com a sensação de que, se colocassem superpoderes nos personagens, teríamos o que Esquadrão Suicida não conseguiu ser: um filme de ação com protagonistas desajustados e uma boa dose de humor. Até alguns recursos visuais, como os letreiros inseridos durante o longa, são semelhantes.

Resumindo, xXx: Reativado é um filme bem pipoca, despretensioso na medida certa e, se você entender que a proposta dele não é revolucionar o gênero, você vai se divertir bastante. Nem que seja com os inúmeros absurdos ao longo das quase duas horas de projeção.

Nota: 7/10