CHORORÔ OU ENTUSIASMO?

 

Ivan Valini

 

Na próxima segunda-feira, dia 30 de janeiro, prefeitos de todo o país completam o primeiro mês de um novo governo. Aqui na região o que percebemos é um misto de “chororô” e entusiasmo. De um lado, a reclamação da falta de dinheiro, acusações ao prefeito anterior pelo caixa vazio, anúncio de dívidas (talvez até para justificarem que nada farão), enfim, muita reclamação sobre algo que qualquer político com o mínimo de inteligência já sabia que iria acontecer.

Num primeiro momento, é preciso deixar bem claro que todo prefeito eleito (sem exceção) está ocupando o cargo porque quis, e muito! Ninguém fez campanha, acordos, gastou dinheiro e tempo para convencer o eleitor a troco de nada. Ninguém foi eleito por imposição de alguém. Portanto, a situação financeira era mais que conhecida. Ou alguém em sã consciência imaginava que haveria tranquilidade diante de toda essa crise?

Todos os prefeitos que foram eleitos receberam a confiança do eleitor para resolver problemas. Já imaginou se uma empresa contrata um executivo para colocar a casa em ordem e o mesmo justifica a inoperância dizendo que a empresa está quebrada?

Sem contar que a história cansa. Chega uma hora que a “herança maldita” não surte mais efeito na população. Até porque, se o prefeito que deixou o cargo fez coisa errada, existe um Tribunal de Contas para julgar e punir os atos.

Exposto isso, cabe uma ressalva: Itu tem sido exceção. Ao conversar com o prefeito Guilherme Gazzola, o que percebemos é muita motivação e palavras positivas. Ele realmente está entusiasmado!

E isso é extremamente positivo neste início de mandato. Começar com um vigor vibrante ou mesmo renovado, contagia. Além do mais, como se diz por aí, “pega bem” para o governo e passa uma impressão muito otimista do que virá pela frente.

Quando um prefeito e sua equipe assumem, não é só o começo de uma gestão municipal, que para alguns pode parecer um prêmio pela vitória nas eleições. A posse é, muito além da festa, um dos primeiros passos para a concretização dos grandes anseios das comunidades. Assim, automaticamente, gera expectativa em toda a sociedade, que acompanha o desenrolar das transições nos governos almejando muito dos novos gestores.

Uma administração sem entusiasmo é uma administração sem rumo, que talvez não saiba nem aonde quer chegar. Por isso, que este entusiasmo continue contagiando o prefeito Gazzola e sua equipe. Claro, que tudo não fique somente no entusiasmo. A torcida é para que ações que contribuam para melhorar a qualidade de vida das pessoas da região se multipliquem a partir de comprometimento e engajamento necessários para uma gestão profícua e exitosa.

 

Em tempo: Donald Trump assumiu nesta semana a presidência dos Estados Unidos, causando alvoroço pelos quatro cantos do planeta. Se Barack Obama deixou o cargo como um presidente carismático e aberto a diálogos, Trump esboça ter uma postura mais conservadora e protecionista, beirando o radicalismo. Não há como prever o que vai acontecer nos próximos quatro anos, mas o excêntrico, rude, mulherengo, incorrigível e polêmico Trump deixa o mundo encasquetado, inerte, esperando suas próximas ações para ter uma reação. Louco ou visionário, o mundo vai ter que o engolir, sempre lembrando que aquilo que acontece na terra do Tio Sam reflete em todo planeta.