Pequena ajuda, grande diferença: ituana lança campanha para ajudar irmã
Kelly, irmã de Kátia, tem 21 anos e paralisia cerebral. Elas precisam da ajuda de todos
Kátia Cristina Soares da Silva iniciou uma vaquinha online para arrecadar dinheiro para a irmã, Kelly, que tem paralisia cerebral e precisa de vários tratamentos para suas complicações, já que sua família não tem condições de cobrir toda a despesa prevista.
A gestação de Santina Soares, mãe de Kátia Kelly, foi normal. As complicações vieram na hora do nascimento, por negligência médica: quando a bolsa estourou e Santina foi ao hospital, depois de examinada, foi mandada de volta para casa, porque os médicos alegaram que o bebê ainda não estava pronto para nascer. Depois de dois dias com muita dor, Santina voltou ao hospital, e, dessa vez, foi feita uma cesárea de emergência e de risco – na mesa cirúrgica, os médicos constataram que a criança não iria sobreviver, porque havia passado muito tempo da hora de nascer. A mãe também corria risco de morte. Após mais alguns exames, Kelly, irmã de Kátia, foi diagnosticada com paralisia cerebral causada, justamente, pela negligência médica.
Kelly ficou 6 meses internada, e, como era esperado, não tinha nenhuma coordenação motora. Os médicos deram à Santina a opção de encaminhar a criança para lugares específicos de tratamento, mas ela optou por levá-la para casa. Após alguns anos, Santina procurou a AACD para conseguir um acompanhamento de mais qualidade, no entanto, a AACD negou, alegando que Kelly era perfeita, dada as devidas condições de sua complicação.
Entretanto, Kelly, que era tratada com o remédio gardenal, veio mostrando maiores dificuldades. Mesmo com convulsões e febres frequentes, Santina decidiu suspender o remédio. Felizmente, os sintomas amenizaram, e hoje, Kelly só precisa tomar remédio para dormir.
Atual situação
Por conta das condições financeiras, Kelly não teve o acompanhamento médico e todo o suporte material de que precisava (como elas moram em uma casa com muitas escadas íngremes, dificilmente a garota pode sair do quarto).
Para que ela consiga ter uma condição de vida melhor, precisa de uma nova cadeira de rodas, já que a dela está inutilizável. O custo da cadeira é de R$5mil. A situação se agravou ainda mais quando Kelly foi diagnosticada com úlceras estomacais, desvio na coluna e cárie. “Atualmente, estou desempregada. Meu pai é taxista, mas não tem nem um carro próprio. Minha mãe dedicou a vida inteira dela para os cuidados da Kelly. Eles recebem cerca de 800 reais do governo por causa da minha irmã. Nossas condições não sustentam o tratamento que Kelly está precisando agora”, explica Kátia.
Além da cadeira de rodas, há mais gastos necessários que a família não está conseguindo suprir. Segundo Kátia, as fraldas e o remédio eram fornecidos nos postos, mas, nos últimos três meses, eles pararam de disponibilizar. Por isso, a família está aceitando qualquer apoio. “Toda ajuda é bem vinda em um momento como esse. Um tratamento dentário, um pacote de fraldas, um remédio, um convênio, até uma carona para ir às consultas…”, detalha a irmã.
A ideia da arrecadação
Foi com a ajuda das redes sociais que a tia de Kátia teve a ideia da arrecadação online, através do site “Vakinha”, no qual as pessoas podem depositar o valor que quiserem na conta para Kelly. Contudo, o resultado não está sendo o esperado. “Tenho percebido que, infelizmente, ninguém tem se sensibilizado com a vida da Kelly. Então, até agora, só consegui arrecadar cem reais. É angustiante o olhar dela pedindo ajuda e a gente não poder fazer nada. E isso corta o nosso coração. Por isso eu vou tentar de tudo para ajudá-la”, Kátia desabafa.
Atualmente, Kelly e Santina moram de favor na zona sul de São Paulo, na região de Santo Amaro, e Kátia reside em Itu, no Bairro São Luis. Para ajudar na vaquinha de Kelly, basta acessar o site “vakinha.com.br/vaquinha/a-kelly-precisa-de-nos” e clicar no botão “contribua”. Assim, qualquer um pode contribuir com qualquer quantia para ajudar nos tratamentos de que a irmã de Kátia tanto precisa.
“A gente sabe que a vida é difícil para todo mundo, né? Por isso eu não vou desistir e ainda acredito que vão aparecer pessoas iluminadas que ajudarão a minha irmã”, finaliza Kátia.