Olhar, documentar, eternizar
A sorte de podermos registrar no papel (ou na tela do celular) momentos inesquecíveis para o coração
Ana Luísa Tomba
Extra-oficialmente, a fotografia é considerada a oitava arte. Completando 177 anos de sobrevivência este ano, esse tipo de registro já entrou em conflito com outras artes (como a pintura), já foi protagonista de grandes momentos, e, claro, já substituiu muito mais do que mil palavras.
Instrumento de trabalho das mais diversas áreas profissionais, hoje, é impossível imaginar um mundo sem foto. No entanto, a facilidade com que registramos um momento e compartilhamos com um grande círculo de amigos é novidade dos últimos anos.
Conversamos com quem realmente entende do assunto: o fotógrafo Michel Cutaith. Acompanhe!
Valorização do profissional
Para Michel, essa facilidade em ter uma boa câmera nas mãos, por conta dos novos celulares, não atrapalha o fotógrafo profissional; aliás, até o valoriza. “É maravilhoso ver todo mundo fotografando. A fotografia está sendo valorizada e isso só exige que o profissional faça um produto melhor do que antes, justamente para se destacar entre as outras fotografias mais comuns. Então, é preciso investir em tecnologia, em novos equipamentos, recursos, no olhar e na composição das cores. É isso que vai diferenciar a foto do profissional da foto amadora”, ressalta.
O poder da arte
O fotógrafo, que tem mais de 20 anos de carreira, comenta que, entre tantos poderes, a fotografia “é capaz de despertar emoção em uma pessoa, e, dependendo da imagem, a emoção é diferente”, diz Cutaith.
Tendências
Apesar de termos tantas tendências no universo fotográfico, há uma que nunca sai de moda, segundo Michel Cutaith. “O mercado é muito rápido; as tendências vêm e vão facilmente. Mas aquela que nunca fica ultrapassada é a foto clássica, o verdadeiro fotojornalismo: aquilo que retrata exatamente o que está acontecendo”, conclui o fotógrafo.
Curiosidade: No começo da Era Fotográfica, por demorar cerca de 5-6 horas para capturar a luz, quando se tirava foto de pessoas, a imagem saía borrada ou tremida, afinal, é humanamente impossível manter-se estático por completo durante tantas horas. Por isso, as fotografias mais nítidas eram feitas com pessoas mortas!