Dia da Mulher é assunto na Tribuna Livre da Câmara
Data foi tema de discurso de Julia Baldi, representante do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher Ituana
Julia Baldi, representante do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher Ituana, fez uso da Tribuna Livre na sessão desta semana. Ela falou sobre o Dia Internacional da Mulher (celebrado no último dia 8 de março) e da importância da luta feminina para conquistar mais espaço na sociedade. Seu discurso foi muito elogiado, principalmente por Maria do Carmo Piunti (PSC) – única vereadora desta legislatura.
“A nossa pretensão é contribuir para uma sociedade mais justa e igualitária entre homens e mulheres”, disse Julia a respeito do papel do conselho. Assistente Social formada pela Universidade Estadual de Londrina-PR, Julia fez um histórico da luta feminina nos últimos anos e a importância de se ter um dia para reconhecer essa batalha.
“Propomos a exaltação da força e da garra das mulheres de hoje, que são trabalhadoras (muitas vezes solitárias), chefes de família que enfrentam todo dia o desafio da educação e do sustento de seus filhos sozinhas”, apontou Julia, pedindo atenção da Câmara na luta por igualdade. “Nós precisamos do envolvimento de todos nessa luta, afinal o nosso país, em comparação com todos os países do mundo, é o 5º que mais mata mulheres”, prosseguiu, informando que, em nossa cidade, 814 boletins de ocorrência foram registrados na Delegacia da Mulher. “É um número muito significativo”.
“No dia 8 de março, nós não queremos apenas flores; nós queremos respeito, todos os dias do ano”, finalizou Julia, colocando o conselho à disposição da população e da Câmara Municipal.
Barreiras
Maria do Carmo parabenizou Julia pelo discurso e disse que a sociedade está se degradando e as mulheres seguem como vítimas dessa degradação. “As mulheres não são tratadas da forma como esperávamos que seríamos tratadas”, disse a vereadora, lembrando da época que entrou na política, na década de 1980.
“Me entristece que eu possa estar voltando para a Câmara Municipal, 34 anos depois, e nós temos apenas uma vereadora. Portanto os caminhos não foram abertos. Ou não foram devidamente apropriados pelas mulheres, que não tomaram posse. Por uma série de circunstâncias. Na maioria das vezes, independentemente da vontade dela, porque são muitas as barreiras”, declarou. “Se o mandato desta vereadora puder ser útil ao conselho e, em especial, a todas as mulheres da nossa cidade, me coloco à disposição”.