Militantes promovem ato contra reformas do Governo Federal
Partidários realizaram panfletagem com o intuito de explicar as consequências de uma aprovação da reforma da previdência
Daniel Nápoli
Entre o final da manhã e início da tarde do último sábado (1), integrantes do PSOL (Partido Socialismo e Liberdade), PT (Partido dos Trabalhadores) e REDE estiveram presentes na Praça da Bandeira (Largo do Mercado), região central da cidade, realizando um ato contra a terceirização, à reforma da previdência e um possível fim da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
Na oportunidade, foi promovida uma panfletagem, onde era abordada as propostas do Governo Federal e as consequências que as mesmas poderiam ou podem acarretar em caso de total aprovação.
Militante do PSOL, a jornalista Monica Seixas comentou sobre o cenário político-econômico nacional. “Nós vivemos em um momento delicado não só no Brasil, mas no mundo todo. Isso porque vivemos em uma crise econômica e a história mostra que toda vez que falta dinheiro as pessoas ficam mais duras umas com as outras. Além da recessão, temos o avanço do ódio, do rancor, as pessoas querendo culpar as outras por sua falta de acesso ao consumo.
Quando se toma medidas de austeridade, que nada mais é do que economizar dinheiro o colocando em caixa, cortando serviços, aí você caminha para o desemprego e, sem emprego, você não consome. O Temer tem cortado ‘zilhões’ de direitos. Estamos aqui para dialogar com o trabalhador, explicando as reformas, engajar as pessoas para tentar resistir. Temos deputados federais e estaduais da região que devem ter voto e temos de pressioná-los para que votem da melhor maneira”.
Membro do PSOL na cidade de Itu, o designer, produtor cultural e marketing digital Sérgio Christo comentou a respeito das ações do Governo Federal. “O Temer está com uma agenda de retrocessos. Na verdade, o que o governo quer é o fim da aposentadoria. Se aprovada a reforma, as pessoas só poderão se aposentar quando tiverem no mínimo 65 anos. Isso é um absurdo. Temos no mínimo 12 estados em que a expectativa de vida não chega a essa idade, ou seja, é um plano de previdência feito para o povo morrer sem receber sua aposentadoria. Sabemos que a previdência não está falida. Isso é uma grande mentira. Temos de denunciar. Não é questão de defender a Dilma ou o PT, mas não bastava só a saída deles, tem que ter ‘Diretas Já’. Para restaurar a institucionalidade é necessário que tenha voto para estar lá. Seja alguém que eu goste ou não goste. O jeito que o Temer entrou foi sem voto.
Questionamos a legitimidade desse processo. Um cara com 10% de aprovação. Porque não tirar também o Temer e antecipar o processo eleitoral?”.
Ainda de acordo com os militantes, deverão ser feitos novos atos com proposta de culminar em uma “Greve Geral” no dia 28 de abril, com mobilização de trabalhadores de diversas categorias, assim como estudantes.