100 dias de governo: confira entrevista completa com o prefeito Guilherme Gazzola
André Roedel
Nesta segunda-feira (10), o prefeito Guilherme Gazzola (PTB) completa seu 100º dia de governo. Por isso, o “Periscópio” publica uma entrevista especial em seu site. Parte do conteúdo já foi divulgado na edição impressa do último sábado (8).
Os primeiros 100 dias de governo servem para imprimir a marca do governo. O senhor acha que conseguiu isso?
Os 100 primeiros dias servem pra dizer a que você veio, e nesse sentido acho que isso ficou claro. Nós viemos fazer um governo austero, com redução de cargos, com redução de contratos de forma substancial, inclusive assumindo as responsabilidades deixadas pelo governo passado. Pegamos uma dívida de R$ 50 milhões, a folha de pagamento de dezembro, a dispensa dos cargos de confiança do prefeito que saiu – o que eu acho uma vergonha. E sinalizamos para o mercado que, independente das dificuldades financeiras, nós honraríamos os nossos compromissos. Tanto que as nossas despesas atuais já estão todas em dia. O passivo nós estamos discutindo, até porque tem muita gordura para ser tirada nesse sentido. Só do contrato do lixo, nós tiramos R$ 16 milhões do valor anual dele. E assim foi com uma série de outros contratos de tamanho vulto. Então essa foi a primeira sinalização. Pagamos a folha; não existe nenhum funcionário com atraso. Independente de não ser nossa responsabilidade o mês de dezembro, cumprimos a meta. E sinalizamos que vai ser um governo de mudança. E toda transformação envolve mexer com o status quo. Então esse é o grande sinal que nós demos. Nós vamos fazer reformas estruturais, sim. Nós vamos priorizar a meritocracia, nós vamos investir no funcionário público que quer trabalhar efetivamente, nós vamos tirar alguns privilégios existentes para alguns setores existentes na Prefeitura – normalmente muito politizados – e vamos centrar o foco em uma coisa chamada desenvolvimento. E para isso tem que ter uma estrutura jurídica perfeita. Nós temos hoje ações diretas de inconstitucionalidade que não se pode construir nenhum loteamento na cidade de Itu. Nós temos limitação do organograma administrativo. Nós temos uma série de ações que corriam e todas elas estão sendo desenroladas. Nós estamos desatando nós para sinalizar para um futuro melhor para Itu.
Além da questão financeira, como o senhor recebeu a Prefeitura?
Sucateada, principalmente na questão administrativa. A Prefeitura não tinha comando, esta é a grande realidade. Itu estava sem comando há um bom tempo. As secretarias eram órgãos independentes, cada uma fazia o que queriam e elas não tinham uma linha mestre de atuação. Então além da questão econômica, nós pegamos um desmonte literal da administração pública. Era terra de ninguém essa cidade. E quando você traz isso para si – e nosso governo exerce essa liderança, eu costumo não abrir mão das minhas prerrogativas para as quais eu fui eleito – logicamente você contraria interesses. Normalmente interesses dentro do próprio funcionalismo público. Mas isso nós vamos enfrentar, sim. Com muita serenidade, mas com muita firmeza. A Prefeitura de Itu vai ser um centro de excelência de funcionalismo público.
Então a questão do sucateamento e a dívida foram os principais problemas encontrados?
Não tenho a menor dúvida disso. Associado a isso, você pega uma crise econômica que continua. Em janeiro e fevereiro, Itu deixou de arrecadar, em relação ao ano passado, R$ 8 milhões. E não é questão de governo municipal. Aí também não pode culpar o anterior; é o país que vive uma depressão econômica. A maior do último século.
Quais pontos positivos o senhor pode destacar nesses primeiros meses de governo?
Aí vejo muitas coisas que conseguimos fazer muito além em diversas áreas. Primeiro resolver a questão do PAM, que era péssimo o atendimento. Tiramos a antiga operadora do serviço, equacionamos de forma bastante significativa o pronto atendimento na área da saúde. Na área de creche então, nem se fala. Nós inauguramos uma creche (Itu-Brasil), que já estava em reforma e retomamos. São 150 crianças. Começamos uma obra bastante importante para mais 150 crianças na Vila Vivenda. E estamos adaptando um novo prédio para mais uma creche na região da Vila Martins. E, provavelmente nos próximos 15 dias, damos reinício àquela creche que existe no Teodora. Já criamos, portanto, 300 vagas em creche nos primeiros 100 dias, e até o final do ano temos o compromisso de criar, no mínimo, mais 300 vagas. A educação foi reestruturada – e continua esse processo de reestruturação. Eu vejo isso de forma muito positiva. Nós retomamos a construção de dois postos de saúde (Portal do Éden e São Camilo). Nos próximos dias eles já devem estar terminados. No esporte nós temos coisas muito positivas. Aumentamos em 15% a procura de vagas para modalidades esportivas. Isso é sinônimo que estamos fazendo bem feito. Na Melhor Idade, passamos de 1200 integrantes para 2300 – sem cobrar a taxa que era cobrada, que era ilegal. Itu teve um ganho extraordinário, que pra mim vai ser a marca de sua história, que é a criação da Companhia Ituana de Saneamento (CIS) e que vai ser a solução definitiva do problema da água em Itu. Nós não vamos fazer promessas, até porque a situação era muito ruim, mas nós já não temos falta de água em Itu. Equacionamos o problema que existia no Cidade Nova. Na semana passada, equacionamos o problema de pressão no Portal do Éden. Ainda falta fazer muito, mas eu acho que a CIS é o grande presente que Itu ganhou do nosso governo. As unidades básicas estão sendo reestruturadas. Aumentamos a capacidade de atendimento. Talvez na próxima semana, iremos reinaugurar as unidades odontológicas dentro das UBSs. Vamos retomar o que se chama de regionalização da medicina. E estamos em processo bastante adiantado para a criação de dois mini-hospitais, como o próprio jornal já noticiou. Isso vai ser um benefício imenso para a cidade de Itu. Sem contar que Itu ganhou know-how. Os nossos eventos hoje são extremamente bem organizados. Dou dois exemplos: o Carnaval, que foi um sucesso absoluto. Nós mudamos a forma de fazer o Carnaval e ele foi comentado em toda região. E no último domingo a Volta Pedestre, que foi elogiada por todos. Mesmo cobrando inscrição, tivemos uma parceria de uma empresa privada (Supermercado São Vicente) que investiu R$ 150 mil no evento. Nós passamos para 2500 corredores inscritos, mas provavelmente participaram da prova 3500. Então eu cito esses dois exemplos para dizer que nós estamos aprendendo a fazer eventos também, que elevam o nome de Itu. Tinha gente de toda redondeza participando da prova. E no Carnaval, também. Nós até temos uma preocupação para o próximo ano, porque o sucesso acaba trazendo mais público. Fora outros eventos que foram bem sucedidos. Nós estamos dando a devida importância ao turismo. A indústria vem, mas ela não emprega mais. Então estamos investindo no turismo. E não só no turismo das coisas grandes; nós estamos investindo fortemente no turismo religioso, no turismo histórico, no rural. E agora trabalhando em uma outra vertente que é o turismo de negócios. Itu está próxima de São Paulo, onde tem convenções. Então nós vamos trabalhar muito nesse sentido para trazer esse pessoal para consumir e conhecer Itu.
Ao longo desses 100 dias, houve muitos elogios nas redes sociais, principalmente, mas também muitas críticas. O senhor acha que depois de muitos anos sendo oposição, agora sendo situação a cobrança é maior?
Não tenho a menor dúvida disso e vejo isso de forma extremamente positiva. Primeiro que nós abrimos um canal de comunicação que nunca existiu. O nosso governo transformou a comunicação em uma coisa democrática. Você pode entrar na página da Prefeitura mesmo sendo oposição, mesmo a gente percebendo às vezes que existe uma intenção de criticar por criticar. Lá são respondidas todas as perguntas. Isso nunca existiu. A Prefeitura não tinha uma página no Facebook, no Instagram. Tinha um site muito mal feito. E quando você abre o direito das pessoas falarem, elas se manifestam. Algumas de forma correta, outras de forma mais açodada, e uma parte também insignificativa das pessoas que aproveitam aquele espaço para exporem algumas mágoas e ressentimentos políticos. Isso é a democracia. A diferença é que nós estamos exercendo a democracia. Lá está o nosso espaço público que nunca existiu. Então pra nós as redes sociais são um forte mecanismo de comunicação, e quando você abre transforma o mundo em plano. E esse mundo plano permite qualquer livre manifestação, o que respeitamos tranquilamente. E respondemos com dureza quando é necessário, com informação técnica quando percebemos boa intenção e às vezes ignoramos quando são fakes. Isso não merece crédito nas redes sociais. Mas as páginas existem. E ali é uma livre manifestação. A grande vantagem é que nós medimos isso tudo e hoje temos num contexto geral de redes sociais uma aprovação de quase 82%. Então é um excelente medidor também. Nós usamos as redes sociais também para medir o próprio sucesso do governo. E nesse ponto estamos extremamente satisfeitos.
Na última eleição tivemos mais de 40 mil votos brancos, nulos e abstenções. Quase o dobro de sua votação. Como tem sido para recuperar o prestígio da classe política?
Eu tive um perfil de voto que exatamente esse que você colocou, que é aquela pessoa que estava desiludida com a classe política. Apesar de ter sido por duas vezes vereador, eu sempre exerci a minha profissão, sempre fui dentista. Aliás, exerci durante 26 anos mesmo quando fui vereador. O eleitor que nos colocou na Prefeitura é o eleitor que está esperando isso. Não foi um eleitor clientelista; foi um eleitor que quer mudanças estruturais. E eu tenho seguido piamente a missão que me foi incumbida. Mas o nosso desejo é trazer as pessoas de bem da cidade de Itu para participarem da política. Porque é só através da política que você faz as grandes transformações.
Nesses três meses de gestão o senhor já enfrentou algumas “crises”, como os protestos dos professores e do EJA. Também teve a questão do fechamento dos quiosques, que foi muito comentada. Como o senhor reage a isso?
Com muita serenidade. Até porque quando você toma algumas atitudes que contrariam interesses individuais, tem que fazer a primeira ponderação. Quando você faz escolhas (e governar é fazer escolhas), você agrada uma maioria, mas desagrada uma minoria. E a minoria é muito bem organizada. E às vezes ela se manifesta de forma mais ruidosa. Isso é democracia. Eu, particularmente, tenho uma tranquilidade em enfrentar críticas porque já fui oposição, e todos me malhavam para tentar desqualificar a minha crítica – coisa que eu não faço. Você nunca me viu fazer qualquer tipo crítica pessoal, apesar de sofrer algumas. Isso é uma coisa que aboli. Mas eu não espero que sejam as únicas, não. Vamos fazer uma série de transformações ainda na cidade que nós vamos contrariar grupos e interesses. Por exemplo, a Secretaria da Educação era a secretaria mais politizada da cidade de Itu. Dessa secretaria partiu a campanha do nosso principal adversário. A Secretaria da Educação não cuidava de educação; cuidava de política. E agora nós cuidamos de educação. Temos lá um técnico, um gestor, que tem total autonomia para fazer isso – e assim vai ser feito. E cabe a nós dar a sustentação no aspecto político. O nosso objetivo é trazer índices melhores de educação, que caiam ano a ano.
Então mesmo após essas reações o senhor não mudaria alguma ação que foi tomada nesse sentido?
Não. Sob nenhuma hipótese. Aliás, nós vamos continuar a coibir os comerciantes ilegais, porque assim você permite que o legal prevaleça. Nós vamos continuar a trabalhar no incentivo do bom professor. Nós vamos ter avaliações meritocráticas na Secretaria da Educação. No final do ano nós temos uma avaliação para diretoras e os critérios políticos serão abolidos. Vamos fazer as avaliações por critérios técnicos. Algumas críticas me mostram que estamos no caminho certo. Eu tenho a capacidade de ouvi-las, medindo a temperatura com muita serenidade. Mas quando eu vejo uma ex-secretária de Educação liderando um movimento de professores, eu tenho certeza absoluta que estou no caminho correto. Quando eu vejo um grupo político derrotado na última eleição e de extrema-esquerda liderando um protesto do EJA, eu também vejo que estou no caminho certo. Não é aquilo que a gente quer para Itu. Nós queremos exatamente uma educação de qualidade. E mesmo na questão dos quiosques, eu vejo os comerciantes que “perderam”, porque nunca foram donos, reclamando, mas vejo do outro lado da rua comerciantes extremamente satisfeitos, porque aquilo que eles pagam de aluguel e encargos trabalhistas está refletindo. E mais: quando você cria legalidade, você disciplina horário, vigilância sanitária e qualidade do produto vendido. Então o processo de legalização vai continuar. Itu era uma cidade que vivia na ilegalidade, de acordos políticos, e isso nós, não de forma abrupta, estamos fazendo dia a dia.
Austeridade tem sido a palavra-chave do governo. Desde as primeiras entrevistas pós-vitória tem sido ouvido esse termo. Como fazer economia e manter os investimentos que a cidade precisa?
Austeridade não significa economizar; significa economizar onde existe desperdício para gastar melhor onde se é necessário. Então hoje nós estamos aprimorando, e esses 100 dias não foram suficientes, a qualidade dos nossos gastos. Quando eu falo em austeridade eu não falo exclusivamente em economia. Às vezes você vê alguma pessoa que diz “eu não tenho tal medicamente”. Daí você vai avaliar, é um processo judicializado. E quando você judicializa, você tira daquele que tem direito. Esse é um dos pontos principais. Com a judicialização, nós temos fazendo um trabalho intenso para diminuir. Por que o que é a judicialização? Você beneficiar poucos em detrimento de muitos. Nós temos um caso, por exemplo, de um único paciente nosso que consome R$ 18 mil em fisioterapia, equoterapia e hidroterapia por mês. E quantas pessoas eu deixo de atender para atender essa única pessoa? Só que ele vai na internet, se vitimiza… Então nós temos sido austeros nesse sentido em dizer “não, por que você não pode fazer fisioterapia onde todos fazem?”. Trabalhar saúde significa trabalhar em sua totalidade. Nós somos austeros, mas para poder atender mais e melhor. Então os critérios de qualidade são padrões que nós estamos estabelecendo, como cobrança de resultados. Agora nós vamos implantar um programa novo, revolucionário dentro da saúde, de avaliação de qualidade, de distribuição de pacientes. Uma coisa bastante interessante.
Como tem sido a relação do Executivo com a Câmara de Vereadores?
Eu fui vereador por oito anos. Cada um faz o seu papel. A minha relação é de respeito com a Câmara. Os vereadores defendem o Legislativo e nós aqui do Executivo tentamos provar para eles o que é necessário aprovar para a cidade. Pouca interferência tenho, respeito completamente as posturas tomadas pela Câmara. Mas não vejo nenhum problema de relacionamento coletivo com a Câmara. Tem gente que se aborrece com X, outro com Y, mas isso é democracia.
Recentemente houve mudanças no secretariado. Por que isso aconteceu?
Mudanças técnicas básicas. Na verdade, o Caio (Gaiane) que pediu para sair e me auxiliar mais na área que ele se acha mais afim, que é a área de meio ambiente, sustentabilidade. E nós fizemos substituições técnicas. Subimos de cargo a Janaina (Guerino), que praticamente já funcionava como uma secretária-adjunta ali dentro. E o César Calixto e a Anelise Barbosa também. Os dois continuam. O que nós fizemos foi uma inversão de posição. Descobrimos que a Secretaria de Promoção Social “girava” melhor desse jeito. E, em comum acordo, isso foi feito. Tanto que não houve nenhuma demissão.
Em curto prazo, quais as mudanças que podem ser implementadas na cidade?
As da saúde já devem aparecer nos próximos dois ou três meses, é o que a gente imagina. Com a Operação Casa Limpa a gente já vê hoje uma cidade com muito menos mato, tampamos 3500 buracos, podamos mais de 150 árvores, resolvemos uma série de manutenções em áreas públicas. Então isso já está acontecendo. É que nós temos uma malha viária que era lunar. Nós temos 80% do nosso asfaltamento comprometido. Mas a operação deu um resultado – e está dando, porque ela tem mais quase dois meses – muito significativo. Hoje nós temos uma cidade literalmente limpa e em condições razoáveis de estrutura. Isso é fato. Manutenção em postos de saúde, vamos começar mês que vem a reforma do PAM da Vila Martins, já iniciamos toda a manutenção elétrica das UBSs. Então você já vê uma cidade mais organizada e mais bonita. Só não vê quem não quer. São números e isso que é muito importante de nosso governo: a gente mensura. Nós gastamos 85 toneladas de massa asfáltica. Quer dizer, isso não é pouco. O ideal é o recape? Eu não tenho a menor dúvida. Só que pra recapear tudo que nós temos de ruim sairia R$ 42 milhões. Itu tem isso? Não, não tem. Então nós vamos ter que fazer a prioridade. Governar é fazer escolhas. E quem não é escolhido, normalmente reclama.
Uma das principais promessas de campanha era a questão das Cidades Inteligentes. Quando o munícipe vai começar a perceber o conceito aplicado diretamente?
Isso é uma coisa difícil de se sentir. Na verdade você já percebe na nossa comunicação, que já funciona de forma mais tranquila. Isso já é as Cidades Inteligentes agindo aqui dentro. A meta é subir o novo site da Prefeitura com 100% dos serviços da Prefeitura sendo oferecidos digitalmente. Ele deve estar no ar no dia 21 de abril com 70%. Nós estamos construindo uma coisa que chama PMAT, que é um financiamento do BNDES a juros baixíssimos e esse PMAT daí sim é uma coisa muito ampla. Aí você encontra a comunicação de todos os serviços da Prefeitura. Mas o sistema de interligação dos postos de saúde já está sendo implantado, as TVs estão voltando aos postos. Tem muita coisa acontecendo na questão das Cidades Inteligentes. Já temos o Via Rápida nosso que tira alvará, tem o gerenciamento de frota. Mas isso é um projeto segundo.
A gente repara que das fotos de campanha para as fotos de agora, o senhor parece mais cansado, com mudanças na fisionomia.
Envelhecido. O poder envelhece muito rápido. Eu tenho uma rotina exaustiva. Desde que assumi, eu almocei só três vezes em casa. Tenho uma jornada de trabalho de mais de 14 horas, no mínimo, por dia. E, indiscutivelmente, o corpo, a máquina humana, pede o seu preço. Mas foi uma escolha que eu fiz. Eu escolhi envelhecer tentando mudar a história da minha cidade.
O senhor estava ciente então dessa responsabilidade?
Não tenha a menor dúvida disso. Mas acho que isso significa que nós estamos trabalhando bastante também.
Para finalizar, qual a mensagem que o senhor deixa para a população para o restante do governo?
Que vai dar pra fazer muita coisa. É preciso paciência, porque as coisas não se resolvem de uma hora para outra – e não vão se resolver. Mas nós estamos trabalhando arduamente, com afinco, com competência. Nós temos uma equipe extremamente qualificada. Nós estamos trabalhando no sentido de fazer uma cidade diferente. E ela já está sendo visível para as pessoas que querem ter a boa intenção de ver. Já existe uma procura muito grande de empresários, já existe um entendimento maior da sociedade civil que tem se organizado. Então a mensagem que deixo é a seguinte: é possível acreditar que nós vamos resgatar a dignidade de Itu e construir, literalmente, uma Itu sem igual.