Debate sobre abolição da escravidão ocorre neste sábado no auditório da Prefeitura
Evento gratuito contará com mesas redondas e exibição do filme “Menino 23”, inédito na região
No próximo sábado (13), o Auditório do Paço Municipal recebe o evento “(RE)pensando o 13 de maio”. O objetivo do encontro, que ocorre gratuitamente entre as 9h e as 16h, é refletir os sentidos que foram e são atribuídos a esta data, desde a abolição jurídica da escravidão no Brasil até os dias atuais. Além da contribuição de pesquisadores da área e artistas, haverá a exibição do documentário “Menino 23: Infâncias Perdidas no Brasil”, inédito na cidade.
A abertura do evento será feita pelos organizadores, Marcelo Leite, Mestrando em História pela UNIRIO, Nathalia Fernandes, Mestranda em História pela UEPG, e Fátima Santos, da União Negra de Itu (UNEI). Às 9h30, acontecerá a mesa redonda “Escravidão no século XIX”, com Marcelo Cerdan (UNESP) e Mariana Ribeiro (UNESP). Às 10h30, o tema da mesa será “Narrativas afro-brasileiras”, com Élida Marques (Projeto Ler é uma Viagem) e Bruno Coelho (UFSCar). “A questão da raça no pós-abolição” será o tema da última mesa redonda, às 12h30, que contará com a participação de André Luigi (EPA), João Paulo Salva (UNICAMP) e Marcelo Leite (UNIRIO). A partir das 13h30, será exibido o documentário “Menino 23”, que discute a presença do racismo no Brasil durante a Segunda Guerra Mundial. Após o filme, será feito um debate mediado pelos organizadores do evento, juntamente com Erik Tavernaro, historiador especializado em cinema.
O evento conta com o apoio da Prefeitura de Itu, através da Secretaria de Educação, e do Cursinho Popular da EPA (sediado na FATEC-Itu). Para os organizadores, abrir espaço para reflexões sobre o 13 de maio é proporcionar novas visões sobre a memória histórica consolidada em torno da figura da Princesa Isabel e a assinatura da Lei Áurea.
Ainda de acordo com os organizadores, o evento possui grande importância para Itu, já que a cidade possui grande população negra e uma História intrinsecamente ligada à escravização de africanos. “Tratar da história do negro na cidade é de suma importância para a identificação dos jovens com sua cidade e reconhecimento de seu passado, bem como a reflexão sobre o presente. É essa a oportunidade trazida pelo filme Menino 23, que trata de um passado recente que deve ser conhecido para que não seja repetido”, afirmam Marcelo e Nathalia.