Com quase 7 décadas de história, Banca da Matriz renova visual e oferece novos serviços

Além dos jornais, revistas e demais publicações tradicionais, comércio também trabalha com lembranças, bolsas e acessórios

Devido às mudanças de comportamento da população, alguns hábitos mudaram ao longo dos anos. Para se adaptar aos novos tempos, os comerciantes tiveram que se reestruturar para se adaptar aos novos tempos, mas sem perder as respectivas essências. Um exemplo disso é a Banca da Matriz, que possui quase sete décadas de história como referência na cidade.

Há quinze anos à frente da banca, a proprietária Célia Regina Corazza se lembra de quando iniciou no local. “Comprei a banca por ser uma oportunidade do momento. Como sempre trabalhei no comércio, foi muito fácil me adaptar”, ressalta.

A banca sempre trabalhou com inúmeros jornais, livros, palavras cruzadas, revistas, muitas publicações de coleções e grandes clássicos da literatura. “O Jornal Periscópio sempre foi o campeão em vendas. As pessoas querem saber o que está acontecendo na cidade e na região, e este é o melhor meio de comunicação das notícias locais”, afirma Célia.

Para atender as necessidades atuais, a comerciante e o filho Paulo reformaram a banca, com inclusão de espaço para outros produtos, lembranças, bolsas, óculos, brinquedos, CDs e serviços de recarga de celular. A essência de banca de jornais e revistas, no entanto, permanece como foco principal.

Se a tecnologia permite ao brasileiro acessar informações e entretenimento em tempo real pelo computador, tablet ou mesmo com um toque no celular, o jornaleiro se lançou no varejo transformando as tradicionais bancas de jornais e revistas em lojas de conveniência, onde se vende de tudo um pouco.

Ao longo da trajetória da Banca da Matriz, Célia criou vínculo de amizade com alguns clientes mais antigos, que ainda telefonam e pedem para guardar jornais, palavras cruzadas e livros. As publicações diminuíram, mas o hábito pela leitura do livro físico e do jornal impresso continua. Além disso, aos finais de semana, o movimento é garantido, pois os turistas gostam de levar sempre alguma lembrança e conhecer melhor a cidade através das publicações locais.

 

História

O engenheiro ituano Jair de Oliveira, historiador e cidadão preocupado com a preservação do patrimônio histórico da cidade, informou ao “Periscópio” que a Banca existe desde a década de 1950 – antes era na Rua 7 de Setembro e pertencia ao Sr. Adélio Pazzinato, que tocava acordeon dentro do imóvel, à noite, para os amigos. Em 1960, com a inauguração do Edifício José de Oliveira, a loja mudou-se para lá. Após o falecimento do Sr. Adélio, em 1978, a esposa e o filho dirigiram a banca por mais alguns anos e depois venderam para Helier Barbi, que permaneceu até 2003, quando vendeu para os atuais donos.

Com o passar dos anos, muita coisa mudou. O que é costume hoje, amanhã já não é mais. Porém, o encontro com as pessoas, uma boa conversa e fazer novas amizades são hábitos que nunca vão acabar. Para Célia, mais do que um comércio, a banca é um ponto de encontro, uma referência. “As adaptações sempre serão necessárias para melhor atender e acompanhar o desenvolvimento da cidade e da informação”, conclui.

 

Fotos: Sônia Galvão