O primeiro semestre da administração

Moura Nápoli

 

Entramos no mês de julho. Entramos no mês que marca o primeiro semestre da administração Guilherme Gazzola à frente do Executivo ituano. Itu entra no sexto mês de uma administração que começa a dar a sua cara para a cidade.

Os primeiros meses foram para tomar pé da situação, conhecer o terreno, sentir exatamente o tamanho do desafio que há pela frente. Popularmente falando, o caminhão de melancias começou a andar e a carga começou a ir se ajeitando.

Não se pode dizer, ainda, que Itu já tenha a “cara” da administração Guilherme Gazzola, mas já dá para sentir que o tempo de Tuíze já está ficando efetivamente para trás. Várias mudanças estruturais na máquina administrativa foram feitas e os resultados começam a aparecer de forma positiva para a cidade.

É claro que alguns ajustes estão sendo feitos com o “caminhão de melancias” em movimento e nem poderia ser diferente. Uma peça aqui, outra ali, um ajuste acolá, um remanejamento… Mas, convenhamos, até que têm sido poucos. Vejamos, apenas como um exemplo, a vizinha Sorocaba. Só no primeiro mês da administração Crespo, dois secretários foram mudados. Agora, esse número aumentou consideravelmente.

Em Itu, a administração Guilherme Gazzola vai tomando forma, vai ganhando espaço e aquela enxurrada de críticas, logo de início, fruto mais da insatisfação de quem perdeu que propriamente dos reais problemas, foi dando espaço ao silêncio. E, nesse caso, o silêncio grita…

É claro que nada é perfeito, nada é 100% bom ou 100% ruim e sempre haverá os insatisfeitos, os que criticam com ou sem razão. Mesmo quem lutou ao lado do prefeito e se elegeu junto a ele, hoje o critica. Faz parte do processo democrático, diriam os mais politizados.

Mas uma coisa é certa e tem de ser destacada: não apenas Guilherme Gazzola, mas sim todos os prefeitos que entraram a partir de janeiro de 2017 estão vivendo um drama não enfrentado por seus antecessores. Afinal, o Brasil, na esfera nacional, está mergulhado numa crise sem precedentes. O Brasil, hoje, está quase ingovernável e isso respinga em nível estadual e municipal.

Os escândalos aparecem a cada instante e são mostrados de forma nua e crua quase que da mesma forma em que estamos acostumados a ver a novela das nove. O drama político – e financeiro – entra em nossas casas diariamente e em capítulos. A coisa chega a tal proporção que nada mais parece surpreender.

Assim, esses primeiros meses da administração Guilherme Gazzola, se não são um primor, também – e pelas circunstâncias – não são desastrosos. Na verdade, o que nos parece é que há uma união bastante grande e o desejo de enfrentar a triste situação, bem naquela de se todos fizerem a sua parte, as coisas podem mudar. E isso parece que vem sendo feito, mostrando trabalho, união e consenso.