A TURMA DE AGOSTO
Desde os tempos de colégio, – ah que saudade do Carmo! – o mês de agosto, porque nele ocorre o Dia do Padre, 8, hoje por conseguinte e no exato momento desta redação, tem sido de muita lembrança para mim. A festa mesmo na Igreja, quando recai durante a semana, é comemorada no domingo.
Agosto ocorre no inverno – por estas bandas estação climática quase inexistente.
Ressoa, no entanto, por aí, mais em tom de pilhéria, uma referência de que seria mês de agouro dúbio; mera bobagem e crendice, essa mania tão difundida.
O certo é que agosto é tempo de regozijo para os meus em geral, na família que é numerosa. Em nossa casa, pois, certa e indubitavelmente que não!
Perdoem os leitores, esse pessoal generoso que me acompanha em bom número semana a semana, mas, desta feita excepcionalmente, vou puxar a brasa para a minha sardinha.
Perdoem o arroubo.
Na data de hoje, pois, 8, aniversariam o meu primogênito, o João Paulo e sua linda filha, a terceira na linhagem, a meiga e graciosa Marcela. Linda mesmo, presentemente perto e longe, porque na Austrália. Eita menina de coragem!
Logo mais, dia 20, hora de festejar a nossa caçula, minha e da Flávia, popularíssima, extrovertida e conhecida, querida de tanta gente, – a Maria Betânia. Tão envolvente em sua atividade profissional que hoje, as pessoas, quando se referem a mim, dizem apenas “o pai da Betânia”! E olhem só o capricho, 20 de agosto, dia consagrado ao onomástico justamente de São Bernardo. São Bernardo de Claraval, doutor da Igreja. Pode?
Pode sim, porque não existem coincidências e sim providência, aquela que vem do Alto.
O mês de agosto, todos os anos, não poderia mesmo terminar simplesmente. No seu fecho, num dia 31, aconteceu o nascimento do inesquecível João Sérgio. Ah filho querido que Deus entendeu amadurecido desde logo para a glória dos céus. Sim, eu sei, o João Sérgio está nos céus. Delicado, quieto e brincalhão noutras horas, sua mãe e eu, todos em casa, nos orgulhamos de você. Deus o tenha. E porquê esconder este exato instante em que lágrimas de saudade e emoção me brotam nos olhos..
Bernardo Campos
Cadeira nº 13 I Patrono Luís Colaneri.