“Vigília Pela Vida das Mulheres” é realizada no Centro da cidade
Na noite do último sábado (09), dezenas de pessoas estiveram presentes na Praça Padre Miguel (Largo da Matriz) para participação no evento “Vigília Pela Vida das Mulheres”, ato que teve como intuito apoiar as mulheres vítimas de violência, lhes dando coragem para denunciar, resistir e persistir contra diversos tipos de agressões, bem como a cultura do estupro.
Uma das organizadoras do evento, Monica Seixas, militante do PSOL (Partido Socialismo e Liberdade), comentou a respeito da importância da vigília. “A gente está vivendo um momento em que mostra que a luta das mulheres não é à toa. Nós avançamos muito, mas ainda não estamos livres, não estamos seguras em nenhum lugar. Temos casos no Brasil de abusador com 17 boletins de ocorrências nas costas permanecer livre. Estamos mais uma vez nas ruas para dialogar com a sociedade sobre a quantidade de violência que estamos sujeitas todos os dias”.
Apoio
Membro do núcleo de mulheres do PSOL na cidade de Itu, Michelle Duarte reforça o objetivo do ato. “Este é um evento coletivo em que queremos mostrar para todas as mulheres, que estejam passando por qualquer situação de violência que elas não estão sozinhas.
Quando a mulher passa por essa situação, ela se sente só, se sente abandonada, ela se sente julgada e é por isso que a gente está aqui, para ajudar que consigam ir a frente com as denúncias que precisam ser feitas”.
Integrante do Coletivo Rubi, Ana Paula Alves Ferreira cita a união como peça fundamental para a manutenção da luta por uma sociedade melhor. “Toda reivindicação é necessária. Este ato serve para mostrar que existem em Itu mulheres feministas que estão dispostas a ajudar outras mulheres”.
Professor da rede pública, Alberto Fernandes acredita que a sociedade precisa discutir mais a respeito da violência contra a mulher. “Acho fundamental um evento com esse, para colocar publicamente essa urgência que nós temos de tratar esse tema da mulher. Porque é um tema que nós achamos que a sociedade discute, mas que não é discutido frequentemente. Essa questão tem que ser discutida”.
O evento
Durante pouco mais de três horas, os participantes da vigília acenderam velas e realizaram uma roda de conversas, com intervenções poéticas, exposição de cartazes e músicas. Ao final da roda de conversa, os participantes do evento caminharam pela Rua Barão do Itaim, até chegar ao Largo do Carmo, levando mensagens por meio de músicas de protesto a respeito da importância de se conscientizar e respeitar e valorizar a mulher dentro da sociedade. (Daniel Nápoli)