Outubro Rosa, Mulher Rosa

Yolanda Coppen*

 

O mês de outubro é marcado pelo evento “Outubro Rosa”, o qual lembra às mulheres, no mundo, sobre a importância para a prevenção do câncer de mama.

Anualmente, eventos para promover a discussão sobre o câncer de mama são realizados em diversos serviços de saúde e instituições especialistas no combate desta doença. A ideia é trazer mais informações sobre a enfermidade, seu combate e maneiras de rastreá-la, a partir da realização do exame “mamografia”.

Mas, queria aqui, além de comentar sobre a importância da realização da mamografia, no sentido de diagnosticar, com maior rapidez possível, o câncer de mama e, consequentemente, iniciar com brevidade o tratamento objetivando a cura, me instiga a necessidade de refletir sobre o que nos leva ao câncer. Por que ficamos enfermas? Que fazemos conosco?

Outro dia, li um pequeno texto do médico Dráuzio Varella, no qual destacava o seguinte:

“Se não quiser adoecer: fale de seus sentimentos; tome uma decisão; busque soluções; não viva de aparências; confie; aceite-se; não viva sempre triste”.

Os avanços tecnológicos e a ciência trouxeram recursos para combater esta doença, mas por outro lado, vejo que há cientistas que percorrem pelos caminhos da mente, que pesquisam e comprovam as interações entre o corpo e a psique humana. Os sentimentos, a motivação, o olhar para a vida, a positividade ou negatividade dos pensamentos e as atitudes dos indivíduos no seu dia a dia, são influenciadores no processo saúde-doença destes.

Diante disto, o que podemos fazer além de cumprir com processos diagnósticos, como a mamografia e outros, realizados anualmente, conforme os médicos especialistas da área? Algo que depende de nós mesmas: atitude para não adoecer.

Ao estudar o câncer, observam-se os fatores de risco, ou seja, atitudes ou comportamentos que podem levar ao adoecimento, como, por exemplo, o fumo, o álcool, a alimentação inadequada, a falta de sono e descanso necessários. Estes são fatores que contribuem para o desenvolvimento de doenças, como o câncer. Além disto, pessoas depressivas, tristes, negativas, sem motivação tem uma maior probabilidade de adoecer. É como se a energia orgânica não fluísse adequadamente pelo organismo. Sim energia. A energia vital que nos move, que faz as células funcionarem junto com os nutrientes. Que faz parte de nossos sentimentos e emoções.

Evitar adoecer é ter cuidado com o corpo, com a alimentação, o descanso da mente e organismo a partir do sono, é desfrutar de momentos de lazer e cultura, é o olhar frente as adversidades da vida de uma maneira objetiva e buscando soluções dentro de nossas possibilidades e realidade. Tudo isto também interfere na saúde do indivíduo. Então, vale a reflexão, por um minuto, e verificar o que se está fazendo para evitar que a doença nos pegue. O que é possível fazer para tornar nossa caminhada mais leve. Problemas todos têm, mas como são encarados e realmente solucionados, é a diferença. Que o “rosa” esteja na mente, no coração e nas atitudes de cada mulher.

 

*Enfermeira, professora universitária. 25 anos de vivência na área de saúde e 14 anos na docência. Formada pela UNIFESP, com especialização em Administração Hospitalar e Gestão de Efluentes Industriais e mestrado em Comunicação.