Salão Central: 74 anos de história em Itu
Na última quinta-feira (04), o Salão Central, tradicional barbearia da cidade de Itu, completou 74 anos de existência. Tudo começou quando José Guido adquiriu um espaço situado na Rua Paula Souza, onde atualmente funciona um antiquário, para que seus filhos Salvador (então com 19 anos) e Raphael (com 16) tivesse seu próprio negócio.
Foi então que, a partir de 04 de janeiro de 1944, surgiu o “Salão Central”, que ao longo dos anos tornou-se referência, com diferentes gerações de ituanos passando pela barbearia não só para aparar a barba ou o cabelo, mas também para saber sobre as novidades da cidade e conversar sobre os mais diversos assuntos, entre amigos.
No ano de 1972, passou a contar com um terceiro barbeiro, João Batista Prieto, que exercia a profissão em um outro salão da cidade, o hoje extinto “Paris”. Após 17 anos, em 1989, a barbearia mudou de endereço, passando a atender na Rua Santa Rita, 492, onde se encontra até os dias de hoje, sob os cuidados de Raphael e Batista, uma vez que Salvador havia falecido em outubro de 1986. Já Raphael Guido seguiu no ofício até fevereiro de 2016, quando veio a falecer aos 88 anos de idade.
Apesar do falecimento dos então proprietários, Batista seguiu firme o legado dos irmãos Guido, atendendo no mesmo endereço, hoje, sob propriedade do filhos de Raphael, José Carlos Guido e Silvana Moraes Guido Braga de Queiroz.
Bastante querido pelos fregueses, sendo um dos barbeiros mais experientes de Itu, Batista, de 81 anos de idade, comenta a respeito da trajetória. “Muitas pessoas já passaram por aqui. Já tivemos clientes que viraram pais e depois avós e seus filhos e netos vieram aqui também”, comenta.
José Carlos Guido resume a importância do salão para ele. “Isso daqui é a minha vida. Já existia antes de eu nascer e nasci e cresci aqui, acompanhando toda a história”, aponta.
Frequentador há pouco mais de dez anos do Salão, Sergio Luis Falcochio enaltece a amizade. “Nunca vi um ambiente de barbearia tão bom. Somos mais do que clientes, somos todos amigos”, conclui. (Daniel Nápoli)