Centenas de romeiros seguiram para Pirapora do Bom Jesus nesta semana
Além dos inúmeros ituanos que anualmente nesta época rumam ao Santuário de Pirapora do Bom Jesus numa grande peregrinação de fé, Itu passa a ser roteiro de outros tantos romeiros que seguem para aquela cidade, com centenas de pessoas passando por Itu, penúltima parada antes de Pirapora.
Romeiros vindos de cidades como Salto, Indaiatuba, Piracicaba, Sorocaba e tantas outras cidades seguem para o Santuário tendo Itu como rota. A última parada é Cabreúva, pela tradicional Estrada Parque – conhecida também como Estrada dos Romeiros.
Desafiando a resistência física e fortificando a fé, os peregrinos este ano não apenas passaram por Itu, como muitos chegaram a pernoitar na cidade. Um dos pontos foi a Avenida Ermelindo Maffei, defronte ao Posto Paineiras, já quase na saída da cidade.
Alguns romeiros chegaram a armar barracas de camping, ou outras improvisadas, para momentos de descanso ou mesmo pernoite no local. Muitos romeiros, além da caminhada por até centenas de quilômetros, ainda carregam grandes cruzes como pagamento de promessas.
É o caso, por exemplo, de Flávio, de Capivari, cuja caminhada até o Santuário dista 92 km. Ele integra um grupo de 18 amigos daquela cidade que reúne-se anualmente para a peregrinação. “A cruz pesa uns 200 kg, mas tem as rodinhas que ajudam e nós vamos nos revezando na caminhada”, diz.
O grupo participa junto há seis anos e nunca houve qualquer incidente. Emerson, outro integrante do grupo, entretanto, conhece um amigo que já teve problemas. “Um amigo nosso foi assaltado uns anos atrás. Chegaram nele com um revolver e levaram dinheiro e celular”, lamenta.
Outro grupo vem da cidade de Pereiras, região de Tatuí. Integrantes da comunidade Vila Cruzeiro, Jhonny é o líder do grupo e há mais de dez anos segue para Pirapora, caminhando por cerca de 170 km. Este ano o grupo reúne nove pessoas. “Vamos a pé e já perdi a conta de quantas paradas fizemos. Mas na volta, um ônibus cedido pela prefeitura nos pega lá para nos trazer”, diz.
A grande maioria das pessoas segue caminhando e em grupo. Mas há quem vá sozinho. Há também vários ciclistas e ainda se encontra, embora a cada ano em menor número, cavaleiros e charreteiros. Tudo pela fé! (Moura Nápoli)