Vingadores: Guerra Infinita

Por André Roedel

O apogeu dos dez anos de Universo Marvel nas telonas. Isso é Vingadores: Guerra Infinita, 19º filme dessa ousada empreitada iniciada em 2008, com o já clássico Homem de Ferro. O longa-metragem dirigido pelos Irmãos Russo é divertido, emocionante e está no nível esperado pelos fãs, apesar de tomar rumos totalmente inesperados e que podem incomodar quem assiste.

O lançamento desta semana já é ousado por reunir o maior número de super-heróis da história em um mesmo filme do gênero. E dando merecido destaque para cada um. Do Homem de Ferro de Robert Downey Jr. ao Senhor das Estrelas de Chris Pratt, passando pelo Homem-Aranha de Tom Holland, todos os personagens têm certa importância para a trama e função no combate contra Thanos.

Vivido através de captura de movimentos pelo experiente Josh Brolin (com efeitos especiais que até fazem o espectador esquecer que aquilo não é real), o antagonista tem o arco dramático mais bem resolvido do filme. Repleto de nuances, ele apresenta motivações fortes apesar de megalomaníacas e, com diálogos muito bem escritos, se mostra um dos principais vilões da Marvel nos cinemas.

Ao longo das 2h30 de exibição, Vingadores: Guerra Infinita dosa bem os núcleos de heróis que se formam, as cenas de ação e as diversas e já tradicionais piadas – que estão até mais presentes do que eu esperava e excedem em alguns pontos, mas sem tirar o peso que o filme demanda. Os planos usados pelos diretores, alternando em câmeras mais abertas ou mais fechadas, são muito bem executadas, mostrando um cuidado estético essencial para o sucesso da produção.

Além disso, o filme consegue avançar sem precisar jogar tudo na cara do espectador. Com pequenos diálogos e uma montagem fluida, quem assiste assimila o que precisa saber para entender a trama – que mostra Thanos em busca das já apresentadas Joias do Infinito para dizimar metade do universo, encontrando assim um suposto “ponto de equilíbrio”.

Os rumos que o filme toma podem não agradar a todos. Não vou falar muito sobre isso para não correr o risco de entregar algum spoiler, mas posso dizer que a reação das pessoas presentes na sessão em que conferi o longa foi, no mínimo, surpreendente. O fato é que o desfecho de Vingadores: Guerra Infinita irá dividir opiniões dos fãs, que só irão sossegar com o lançamento do quarto filme, previsto para o começo do ano que vem.

Experiência praticamente única entre os grandes blockbusters recentes, esse novo filme da Marvel já é um marco. Mesmo com alguns exageros e transições muito abruptas, a produção prende o espectador do começo até o último segundo de exibição – sim, há uma cena pós-crédito. Vingadores: Guerra Infinita é, definitivamente, um filme que vale o ingresso.

 

Nota:

 

 

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