Han Solo: Uma História Star Wars

Por André Roedel

Existem filmes que os fãs nunca pediram para serem produzidos. Uma produção que contasse a origem de Han Solo, personagem icônico da franquia Star Wars, era algo incogitável. Mas, desde que a Lucasfilm foi comprada pela Disney e a ordem da empresa de Mickey Mouse passou a ser lucrar o máximo possível com suas propriedades, os chamados spin-offs começaram a ser produzidos.

Spin-off é o termo em inglês para designar os filmes derivados. Star Wars teve, em 2016, um ótimo longa-metragem baseado, Rogue One, o que animou para Han Solo: Uma História Star Wars – produção ainda em cartaz nos cinemas da região. Porém, a obra que mostra os fatos antes do personagem ser o contrabandista mais amado da galáxia não convence como deveria.

A produção do filme foi conturbada, com os diretores Phil Lord e Chris Miller deixando o comando. O veterano Ron Howard (de Uma Mente Brilhante) assumiu o posto, entregando uma direção nada além de ok. Não que o roteiro pouco inventivo assinado por Jonathan e Lawrence Kasdan ajudasse muito. O resultado é um filme sem brilho, com uma trama genérica e potencial desperdiçado.

No filme, vemos o jovem Han vivendo em um planeta escravizado, buscando uma forma de fugir de lá. A trama prossegue e vemos a evolução dele em contrabandista, o início da amizade com Chewbacca e o porquê do jeito malandro que estamos acostumados nos filmes da franquia principal. O personagem é surpreendentemente bem interpretado por Alden Ehrenreich, que emula bem os trejeitos de Harrison Ford – o eterno Han.

Do elenco de apoio, o destaque vai para Woody Harrelson, que faz uma espécie de mentor de Han Solo, e Emilia Clarke, que interpreta o interesse amoroso do protagonista. Woody sempre vai bem, mas Emilia acaba sendo uma surpresa – eu particularmente sempre achei ela um tanto limitada. Outro que se destaca é Paul Bettany, que faz o interessante vilão Dryden Vos.

O destaque negativo vai para Donald Glover, que eu esperava que entregasse um Lando Calrissian – papel de Billy Dee Williams em O Império Contra-Ataca e O Retorno de Jedi – mais interessante. Além disso, o filme se repete demais, com uma trama de assalto fraca e pouca criatividade nas tomadas. Ademais, Han Solo só serve para responder perguntas que os fãs não tinham muito interesse, como (olha o spoiler!) a história da corrida Kessel “em menos de doze parsecs”.

Agora é esperar os planos da Disney/Lucasfilm para uma possível sequência, já que o filme deixa pontas para continuações. Porém, se for depender do resultado na bilheteria – cerca de US$ 110 milhões na primeira semana de exibição, abaixo do esperado – a tendência é que Han Solo fique no passado.

 

Nota:

 

 

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