Monsenhor Durval: 50 anos dedicados à Igreja Católica e toda sua comunidade
Amanhã (28), Monsenhor Durval de Almeida completa 50 anos de Ordenação Presbiterial. Para comemorar a importante data, será celebrada às 19h30 uma Missa em Ação de Graças pelo Jubileu de Ouro do sacerdote, presidida pelo Bispo Diocesano de Jundiaí, Dom Vicente Costa, na Igreja Matriz Nossa Senhora da Candelária.
Nascido na cidade de Itu, no dia 15 de junho de 1936, o sacerdote foi ordenado padre no ano de 1968, permanecendo por 20 anos na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, no município de Guarulhos/SP. De lá, o então padre Durval retornou para sua terra natal, onde atuou por 11 anos na Paróquia de São Camilo de Lellis, passando mais tarde a exercer as funções de pároco na Paróquia Nossa Senhora da Candelária, a Matriz de Itu, por 12 anos.
Após deixar a Paróquia de Nossa Senhora da Candelária, período em que teve concedido o título de Monsenhor no ano de 2003 (sendo na época Dom Amaury Castanho o Bispo Diocesano e João Paulo II, o Papa), assumiu a reitoria do Santuário Nacional do Sagrado Coração de Jesus (Igreja do Bom Jesus), ali permanecendo por sete anos.
Atualmente, aos 82 anos, além de Pároco Emérito da Paróquia de Nossa Senhora da Candelária, é orientador espiritual na Igreja Nossa Senhora do Patrocínio, realizando ainda todas as segundas-feiras a “Oração em Família”, quando é rezado o terço na casa de diferentes pessoas, região central da cidade.
Com a aproximação do Jubileu de Ouro, o Periscópio ouviu o casal Eliseu Belculfinè e Maria Edite Padovani Belculfinè, que nas últimas duas décadas foi bastante próximo do Monsenhor e assim, pode falar um pouco sobre a data e da importância do sacerdote para a cidade de Itu.
Para Maria Edite, a personalidade agregadora de Monsenhor Durval fez toda a diferença na cidade. “Ele formou comunidades paroquiais plenas de vida e dinamismo, com muita gente envolvida. Ele conseguia encher a Igreja. Ele foi e é o verdadeiro pastor com suas ovelhas. Ele uniu muito as comunidades. Isso faz muita falta nos dias de hoje: a união”.
Maria, professora aposentada, cita outras características, pra ela, marcantes do Monsenhor. “Sempre muito humilde, desapegado das coisas materiais e também sempre muito dedicado, vivendo a Igreja. Após passar o dia todo dentro dela, sempre fez questão de participar das reuniões à noite, mesmo em sua folga semanal”.
Ainda de acordo com a professora, o sacerdote só deixava os afazeres em Itu para um outro importante compromisso. “O Monsenhor também sempre foi muito amoroso com a família. Toda segunda-feira, pela manhã, fazia questão de ir visitar os sobrinhos em São Paulo. Mas, logo no começo da tarde, já estava de volta a Itu”, comenta.
Eliseu Belculfinè, engenheiro aposentado, comenta também sobre os trabalhos realizados pelo sacerdote. “Seu nome também fica marcado pelas obras. Antes de deixar a Paróquia de São Camilo, a reformou e, na Matriz, a Escola Catequética e Salão Paroquial, além de ter iniciado as obras que ocorrem até hoje na Matriz, tendo feito o teto do Altar-Mor e a instalação elétrica, entre outras coisas”.
O casal também recorda que parte do dinheiro arrecadado para as intervenções nas paróquias veio por meio de festas e de um ‘feirão” que Monsenhor realizava em sua própria casa, estando também à frente da comissão criadora da Festa Italiana em Itu.
Eliseu conta ainda dos momentos de lazer ao lado do sacerdote. “O Monsenhor sempre gostou muito de futebol e, após as missas aos domingos, ele levava a comunidade para passar o dia em uma chácara dos amigos paroquianos José Leis e Lineu Giacomini, onde jogava bola com as crianças e jovens da comunidade”.
Maria conclui, falando de outro importante legado do Monsenhor Durval. “Muitos sacerdotes aqui de Itu começaram com ele. O Monsenhor despertou vocações por aqui e orientou a todos eles. Muitos se lembram que iniciaram suas trajetórias na Igreja por causa dele”. (Beatriz Pires/Daniel Nápoli)