Carregando a bandeira da sustentabilidade, Nancy Silveira fala de sua 1ª eleição
A candidata a deputada estadual pela Rede Sustentabilidade, Nancy Silveira, 45 anos, também esteve no Periscópio na última quinta-feira (27/09), acompanhada do candidato a deputado federal pelo mesmo partido, Zé Gustavo, 28 anos. Ambos falaram de suas propostas e da campanha.
Nancy, que é ituana, é formada em logística aeroportuária pela Fatec de Indaiatuba. Morou cinco anos e meio no exterior. “O que fez eu tomar essa decisão (de entrar para a política) foi a crise hídrica que nós tivemos em 2014. Isso deixou a gente muito transtornado”, afirma. “Nós temos um Tietê gigantesco, com uma vazão enorme de água, e a gente está sofrendo de falta de água?”, questionou a agora candidata.
Foi então que Nancy, que nunca tinha se envolvido com política, resolveu entrar para a Rede, através de seu irmão, Valdivino, que havia ajudado na coleta de assinaturas para a criação do partido, que foi homologado em 2015. Nancy foi uma das coadjuvantes – como ela mesmo se intitula – na criação do elo municipal da legenda ambientalista em Itu.
Nancy se diz inspirada por Ricardo Young, empresário e ex-vereador de São Paulo. “Se ele faz, a gente também pode fazer a diferença”, comenta, relembrando o empenho do partido na eleição municipal de 2016, quando a Rede ajudou a eleger o prefeito Guilherme Gazzola (PTB), que tem como vice o Dr. Caio Gaiane, que faz parte do partido. “Trabalhamos bastante, com muito amor, com muita dedicação mesmo”.
Nova na política, Nancy frisa suas qualidades. “Posso ser nova na política, mas eu tenho a minha ética, honestidade e tem a minha família, que me apoia. São fatores muito importantes”, alega a candidata, que nunca teve a intenção de aparecer. Nancy explica que sua campanha é “caseira”, com “ajuda dos amigos”.
“Não estamos pagando ninguém para fazer panfletagem pela cidade. Eu acredito que as pessoas têm que conhecer você, olhar cara a cara”, afirma, dizendo que tem tido uma boa receptividade, independente do resultado da eleição. A candidata acredita que nos dois últimos dias antes do pleito será o momento da decisão, e tenta reverter votos nulos e brancos em votos a favor de sua campanha.
Renovação
Zé Gustavo acredita que há a necessidade de as pessoas participarem da política, inclusive como candidatas. “Um dos maiores instrumentos daqueles que querem se manter no poder é desilusão com a política”, disse. “Nós precisamos convencer que é preciso renovação, que é preciso uma nova postura no Congresso Nacional”, afirma o candidato, que tenta pela segunda vez uma vaga na Câmara.
Mais novo presidente de um partido político, Zé acredita que haverá uma renovação menor no Congresso do que nos últimos anos, mas a qualidade irá melhorar. “Eu venho me preparando nesses últimos quatro anos para ocupar uma cadeira e com uma nova postura”, afirma o candidato, que aposta na figura dos codeputados – pessoas voluntárias que se dedicam três a quatro horas por semana para trocar experiências e informações.
“Uma das coisas que eu tenho me comprometido, e olha que coisa básica, é conversar com os cidadãos. Seja pelos meios digitais, seja em reuniões no mínimo semestrais com as pessoas nas cidades, inclusive aqui em Itu”, afirma, criticando a postura da política tradicional e do envio de emendas parlamentares.
“Esse é o dinheiro mais fácil que uma prefeitura consegue, porque ela não precisa de nenhuma contrapartida. A única contrapartida é eleitoral”, declara o administrador público formado pela UNESP, que quer acabar com a capitalização política disso.
Aos prefeitos e secretários que solicitarem emendas, o candidato, caso eleito, pretende fazer um estudo na gestão municipal para entender pontos que sejam necessários aquela verba e como melhor destiná-la. “Porque pior que uma obra mal-acabada é uma obra que nem deveria ter sido feita”.
Zé Gustavo pretende também destinar 30% de seu salário para bolsas de estudo e mudar a forma como são usados os apartamentos funcionais em Brasília, destinando a políticos de outras cidades ficarem hospedados quando visitarem a capital nacional – economizando, assim, dinheiro público.